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MERCADO FINANCEIRO
Moeda não ultrapassava o patamar desde o início de outubro; Bolsa cai 0,88% com perda de teles
Dólar sobe e supera barreira dos R$ 2,90
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar superou a barreira dos
R$ 2,90, o que não ocorria havia
mais de 40 dias. Em dia de negócios pouco agitados, a proximidade do vencimento de uma dívida
pública atrelada ao câmbio foi
apontada como principal ponto
de pressão sobre a moeda.
A alta do dólar ontem ficou em
0,69%, o que levou a cotação da
moeda a R$ 2,907.
No ano, porém, o dólar ainda
acumula desvalorização bastante
representativa ante o real: 18%.
O Banco Central vai resgatar integralmente o lote que vence
amanhã. São pouco mais de US$
400 milhões em títulos públicos
cambiais. Como esses papéis são
liquidados com a Ptax (média do
dólar que o BC calcula todos os
dias) como referência, quanto
mais elevado o dólar, mais lucrativa a operação para os bancos
que detêm os títulos.
Apesar das altas registradas nos
últimos dias, o dólar não deve entrar em um período de turbulência. Segundo relatório da consultoria Global Invest, neste mês "o
dólar deve seguir apresentando
uma baixa volatilidade", devido
ao baixo volume de vencimentos
do período.
No âmbito dos juros, o mercado
segue otimista. Segundo as projeções dos contratos da BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros), o Copom (Comitê de Política Monetária) deve voltar a reduzir a taxa básica de juros em seu
encontro neste mês.
A Selic (taxa básica), atualmente em 19% ao ano, deve ser cortada, de acordo com as projeções,
em torno de 1 ponto percentual.
A maior movimentação no pregão da Bovespa de ontem não resultou em recuperação de seu
principal índice. O Ibovespa recuou 0,88%, para os 18.408 pontos. Ontem, a Bolsa fechou com
um giro de R$ 930,9 milhões.
As ações preferenciais da Net
devolveram parte do ganho dos
últimos dias e foram as que mais
caíram. O papel perdeu 6,08% no
pregão de ontem.
O setor que mais sofreu foi o de
telecomunicações. O Itelecom
(que acompanha o desempenho
das teles) fechou com baixa de
2,1%. Das cinco maiores perdas
do dia, três ficaram com o setor.
O papel com direito a voto (ON)
da Tele Celular Sul caiu 5%. A
ação preferencial da Telemig Participações também registrou queda de 5%.
(FABRICIO VIEIRA)
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