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São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda não ultrapassava o patamar desde o início de outubro; Bolsa cai 0,88% com perda de teles

Dólar sobe e supera barreira dos R$ 2,90

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar superou a barreira dos R$ 2,90, o que não ocorria havia mais de 40 dias. Em dia de negócios pouco agitados, a proximidade do vencimento de uma dívida pública atrelada ao câmbio foi apontada como principal ponto de pressão sobre a moeda.
A alta do dólar ontem ficou em 0,69%, o que levou a cotação da moeda a R$ 2,907.
No ano, porém, o dólar ainda acumula desvalorização bastante representativa ante o real: 18%.
O Banco Central vai resgatar integralmente o lote que vence amanhã. São pouco mais de US$ 400 milhões em títulos públicos cambiais. Como esses papéis são liquidados com a Ptax (média do dólar que o BC calcula todos os dias) como referência, quanto mais elevado o dólar, mais lucrativa a operação para os bancos que detêm os títulos.
Apesar das altas registradas nos últimos dias, o dólar não deve entrar em um período de turbulência. Segundo relatório da consultoria Global Invest, neste mês "o dólar deve seguir apresentando uma baixa volatilidade", devido ao baixo volume de vencimentos do período.
No âmbito dos juros, o mercado segue otimista. Segundo as projeções dos contratos da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o Copom (Comitê de Política Monetária) deve voltar a reduzir a taxa básica de juros em seu encontro neste mês.
A Selic (taxa básica), atualmente em 19% ao ano, deve ser cortada, de acordo com as projeções, em torno de 1 ponto percentual.
A maior movimentação no pregão da Bovespa de ontem não resultou em recuperação de seu principal índice. O Ibovespa recuou 0,88%, para os 18.408 pontos. Ontem, a Bolsa fechou com um giro de R$ 930,9 milhões.
As ações preferenciais da Net devolveram parte do ganho dos últimos dias e foram as que mais caíram. O papel perdeu 6,08% no pregão de ontem.
O setor que mais sofreu foi o de telecomunicações. O Itelecom (que acompanha o desempenho das teles) fechou com baixa de 2,1%. Das cinco maiores perdas do dia, três ficaram com o setor.
O papel com direito a voto (ON) da Tele Celular Sul caiu 5%. A ação preferencial da Telemig Participações também registrou queda de 5%.
(FABRICIO VIEIRA)


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