PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governo de Minas Gerais lançou um pacote com medidas que visam facilitar o crédito para empresas mineiras neste momento de crise. São cerca de R$ 470 milhões em créditos para micro, pequenas e grandes empresas de qualquer setor.
O Estado também vai adiar por até 15 dias o recolhimento de tributos, o que, segundo o governador Aécio Neves (PSDB), significará R$ 830 milhões para as empresas usarem como capital de giro.
Um dos tucanos cotados para concorrer à Presidência em 2010, Aécio assinou os decretos em solenidade no Palácio da Liberdade, com todo o staff do governo reunido. Ele disse que essa é uma maneira de Minas Gerais enfrentar os problemas atuais da crise financeira.
Entre as medidas anunciadas na esfera do BDMG (banco de fomento do Estado), está a criação de linha de financiamento no valor de R$ 200 milhões para grandes empresas adquirirem máquinas e equipamentos.
O governo estadual, segundo Aécio, entrou com R$ 50 milhões nesse fundo para que o custo cobrado pudesse ser oferecido sem restrições do Banco Central. Isso não poderia ocorrer só com recursos do BDMG.
Para micro, pequenas e médias empresas, o governo adicionou R$ 20 milhões em um fundo de fomento, que agora soma R$ 93 milhões. Além de ampliar o fundo, dobrou para R$ 2 milhões o valor que as empresas poderão tomar.
"Num momento de crise, o papel do Estado torna-se extremamente relevante. E, diferente daquilo que vem ocorrendo em outros Estados, em Minas estamos confiantes de que executaremos a integralidade dos investimentos previstos", disse Aécio, que afirmou que os R$ 11 bilhões em investimentos previstos em 2009 serão mantidos.


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