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Sem a Nossa Caixa, SP perde braço financeiro
TONI SCIARRETTA
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a provável venda da
Nossa Caixa para o Banco do
Brasil, o governo paulista
perderá importante braço financeiro para intervir no setor produtivo, especialmente
em momentos de crise de
crédito. Após a concretização do negócio, a ser anunciada nos próximos dias, essa
linha de crédito para montadoras migrará para o BB.
Para financiar projetos de
interesse do Estado, o governo paulista deverá contar
com uma agência de fomento com capital autorizado de
R$ 1 bilhão, que funcionará
como uma espécie de
BNDES paulista. A agência
segue o modelo implementado em Minas Gerais e aguarda aprovação do Banco Central para sair do papel.
Segundo o pesquisador
Jordão Resende, do Inepad,
a venda da Nossa Caixa não
deve diminuir a capacidade
de intervenção do Estado no
setor produtivo por meio de
financiamentos. Isso porque,
além da agência de fomento,
o próprio BB poderá seguir
como agente do Tesouro
paulista no repasse de crédito. Para Resende, o problema
aconteceria se o banco paulista fosse vendido para uma
instituição privada, que exigiria um percentual maior
para esses repasses. "O problema é custo", afirma.
O consultor Roberto Troster afirma que o tipo de ajuda
que o governo dá às montadoras poderia ser canalizada
pelos bancos privados, mediante incentivos públicos
ou não. "Essa ponte pode ser
feita pelos bancos privados."
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