São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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Sem a Nossa Caixa, SP perde braço financeiro

TONI SCIARRETTA
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a provável venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil, o governo paulista perderá importante braço financeiro para intervir no setor produtivo, especialmente em momentos de crise de crédito. Após a concretização do negócio, a ser anunciada nos próximos dias, essa linha de crédito para montadoras migrará para o BB.
Para financiar projetos de interesse do Estado, o governo paulista deverá contar com uma agência de fomento com capital autorizado de R$ 1 bilhão, que funcionará como uma espécie de BNDES paulista. A agência segue o modelo implementado em Minas Gerais e aguarda aprovação do Banco Central para sair do papel.
Segundo o pesquisador Jordão Resende, do Inepad, a venda da Nossa Caixa não deve diminuir a capacidade de intervenção do Estado no setor produtivo por meio de financiamentos. Isso porque, além da agência de fomento, o próprio BB poderá seguir como agente do Tesouro paulista no repasse de crédito. Para Resende, o problema aconteceria se o banco paulista fosse vendido para uma instituição privada, que exigiria um percentual maior para esses repasses. "O problema é custo", afirma.
O consultor Roberto Troster afirma que o tipo de ajuda que o governo dá às montadoras poderia ser canalizada pelos bancos privados, mediante incentivos públicos ou não. "Essa ponte pode ser feita pelos bancos privados."


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