São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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Bird promete US$ 100 bilhões para os países emergentes

DA REDAÇÃO

O Banco Mundial (Bird) afirmou que vai emprestar até US$ 100 bilhões nos próximos três anos aos países emergentes, em uma tentativa de minimizar os impactos da crise financeira nas regiões mais pobres do planeta. Segundo seu presidente, Robert Zoellick, seria um "erro de proporções históricas" ignorar os países mais pobres em um momento em que as projeções (como as do próprio Bird) apontam para a desaceleração da economia mundial.
O ex-funcionário do governo dos EUA afirmou que, devido ao aumento dos pedidos, o Bird vai emprestar mais de US$ 35 bilhões neste ano, ante uma projeção de US$ 16 bilhões feita há poucos meses. No ano passado, a ajuda do Bird aos países chegou a US$ 13,5 bilhões.
"Você está vendo países que tinham programas macroeconômicos muito bons, sólidos, como o México e a Indonésia, que estão numa posição em que não correm risco financeiro, mas estão preocupados em obter financiamento", afirmou Zoellick. "Esses são os tipos de países que estamos oferecendo tanta ajuda como podemos."
O Bird diz que o aperto nas condições de crédito e o menor crescimento devem se refletir no aumento da pobreza mundial. Pelas sua projeções, cada ponto percentual de queda no crescimento dos países em desenvolvimento se reflete em mais de 20 milhões de pessoas vivendo na pobreza. O Banco Mundial reduziu a sua previsão de crescimento para os países emergentes em 2009 de 6,4% para 4,5%.
"A crise financeira global, logo depois das crises de alimentos e combustível, provavelmente prejudicará mais os pobres dos países emergentes", disse Zoellick. Segundo ele, a alta dos preços das commodities levou 100 milhões de pessoas para a pobreza.

Com o "Financial Times"



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