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ITÁLIA
Reunião decidirá futuro do presidente do conselho
Fresco chama primeiro-ministro de "louco" e politiza crise da Fiat
DA REDAÇÃO
A crise pela qual passa a Fiat,
maior grupo empresarial da Itália, vem adquirindo contornos
políticos. Paolo Fresco, presidente do conselho da Fiat, e Silvio
Berlusconi, primeiro-ministro da
Itália, trocaram farpas em público. Fresco disse ter pensado que
Berlusconi havia ficado "louco".
Fresco disse, em entrevista ao
jornal italiano "La Repubblica",
ao ser questionado se achava que
as críticas do primeiro-ministro
haviam sido proféticas: "Não estava pensando em mim, mas nele.
Achei que ele tinha ficado louco".
O conselho administrativo do
grupo se reunirá amanhã e pode
decidir o futuro de Fresco. Ele
afirma que não pretende deixar a
empresa agora e que sua intenção
é permanecer no cargo até julho
de 2003, quando se aposentaria.
Há dois dias, o então presidente
da Fiat, Gabriele Galateri, renunciou após ocupar o cargo por apenas seis meses e enfrentar uma série de greves e protestos. Enrico
Bondi, um especialista em reestruturação de empresas, é o nome
mais cotado para substituí-lo.
Bondi é ligado ao Mediobanca,
banco de investimentos que tem
boas relações com Berlusconi.
Há rumores de que o Mediobanca e a família Agnelli, que controla o grupo Fiat, têm planos para impedir que a Fiat Auto, responsável pela fabricação da maior
parte das marcas de carro do grupo, vá parar nas mãos dos americanos. Isso porque a gigante americana General Motors possui
20% da Fiat Auto e teria prioridade para comprar o restante. A opção de venda para a GM poderá
ser feita a partir de 2004, mas o governo quer mantê-la sob o controle de italianos.
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