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ANO DO DRAGÃO
Preços sobem 2,60% nos 30 dias até 7 deste mês, contra 2,65% em novembro; Fipe prevê 9% no ano
Apesar de ainda alta, inflação cede em SP
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
A inflação começou a dar sinais
de desaceleração em São Paulo.
Nos últimos 30 dias até 7 deste
mês, o IPC (Índice de Preços ao
Consumidor), calculado pela Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas), apontou inflação
de 2,60%, taxa levemente inferior
à de novembro, que foi de 2,65%.
No decorrer do mês, a inflação
em São Paulo deve recuar na mesma proporção em que subiu em
novembro, segundo estimativa
do coordenador do IPC da Fipe,
Heron do Carmo.
A previsão é que a taxa fique em
torno de 1,5% neste mês, ou seja,
bem próxima da verificada na primeira quadrissemana de novembro (período de 30 dias encerrado
na primeira semana daquele
mês), que foi de 1,55%.
Os alimentos, embora continuem com a maior alta do índice,
de 5,87%, mostram recuo em relação ao fechamento de novembro -alta de 6,27%. Desde a primeira quadrissemana de outubro,
os alimentos vinham subindo
gradualmente, sem interrupção.
""Tivemos, em outubro e em novembro, uma subida forte na inflação, puxada pelo avanço dos
alimentos e pelo aumento dos
combustíveis", afirmou Heron.
Ele disse que esses dois itens deverão exercer pressão inversa, ou seja, vão jogar o índice para baixo.
O grupo transportes, que também tem peso significativo na inflação, subiu 3,32% nos últimos
30 dias, mas é inferior à alta de novembro, que foi de 3,77%. Os preços nesse grupo vinham subindo
desde o começo do mês passado,
quando houve o reajuste no preço
dos combustíveis.
A tendência, segundo a Fipe, é
que a gasolina, que subiu 11,19%
nos últimos 30 dias e teve impacto
de 0,28 ponto percentual no índice, chegue ao final do mês com variação próxima de zero.
Por outro lado, deve exercer
uma certa pressão ainda neste
ano o aumento dos cigarros e o
novo reajuste no gás de botijão.
Apesar disso, Heron manteve a
previsão de inflação em torno de
9% para 2002.
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