São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

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Bolsa perde ritmo e fecha em queda de 1,24%

Piora em NY no final do pregão esfria negócios

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa não resistiu à piora vivenciada pelo mercado acionário norte-americano e, depois de operar em alta durante quase todo o pregão, terminou as operações com recuo de 1,24%, a 38.519 pontos.
Se as novas medidas do BC ajudarem de fato a estimular a economia, as ações de companhias ligadas ao consumo doméstico tendem a ser beneficiadas. Ontem, ações como as das Lojas Renner (que subiram 7,43%) e da B2W Varejo (com 6,23%) já se destacaram.
Em seu melhor momento, o índice Ibovespa cravou 2,24% de valorização ontem, impulsionado por mais um dia de ganhos dos papéis da Petrobras. Porém a perda de ritmo nos Estados Unidos esfriou os negócios.
O petróleo se apreciou em mais de 10% em Nova York, encostando em US$ 48, com os investidores à espera de cortes na produção da Opep.
As ações da Petrobras responderam por 31% de toda a movimentação de ontem da Bolsa. Apenas seu papel preferencial girou R$ 1,14 bilhão. Após chegar a subir 7%, a ação PN da estatal sofreu com a realização de lucro no fim do dia, encerrando com alta de 1,77%.
A manutenção da taxa básica Selic em 13,75% pelo Copom na noite de quarta acabou por não ter impacto na Bolsa -apenas uma redução dos juros teria animado os investidores.
O índice Dow Jones encerrou com queda de 2,24%, perto de sua mínima no dia.
Durante as operações de ontem, cresceu no mercado o temor de que o pacote de ajuda às montadoras de veículos nos EUA encontraria maiores dificuldades para ser aprovado pelo Senado americano.
A informação de que o JPMorgan Chase estaria registrando resultados piores que o esperado nesses últimos meses de 2008 desanimou ainda mais os investidores, fazendo com que o setor bancário voltasse ao centro das perdas nas Bolsas.
Em Wall Street, as ações do JPMorgan Chase caíram 10,68%, e as do Citigroup perderam 8,80%.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o setor bancário também foi afetado pelo mau humor externo. Entre as principais instituições financeiras do país, houve baixa de 4,29% em Banco do Brasil ON, de 3,89% para Bradesco PN e de 2,92% em Itaú PN.
(FABRICIO VIEIRA)


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