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Especialistas alertam sobre crise de energia
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-presidente da Eletrobrás Luiz Pinguelli Rosa não
é o único especialista a criticar a demora do governo em
agir e a alertar para o risco de
uma crise de abastecimento
de energia no país.
Para Adílson de Oliveira,
da UFRJ e do Conselho Empresarial de Energia da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), só medidas de racionalização do uso da energia
não bastam. É necessário um
plano de contingenciamento
do gás, que deve ser priorizado para as térmicas.
O governo tem ainda, diz,
de admitir que a crise existe e
ser "mais agressivo". "O fato
é que um conjunto de consumidores tem de deixar de
consumir energia." A situação, avalia, é grave, pois os lagos das usinas estão se esvaziando rapidamente.
Ele defende um aumento
imediato do preço do gás a
fim de desestimular o seu
consumo, deslocando o suprimento para as térmicas.
Professor da UnB (Universidade de Brasília), Ivan Camargo diz que a situação é
"mais confortável do que em
2001", mas que nem por isso
não são necessárias ações
imediatas do governo, como
o lançamento de um programa de racionalização.
O cerne da crise, diz, é a falta de gás. "Não há alternativa
de curto prazo. E as perspectivas de médio prazo não são
boas. Os investimentos para
aumentar a produção na Bolívia foram paralisados e ela
já sinaliza que reduzirá a
oferta de gás para o Brasil."
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