São Paulo, domingo, 13 de janeiro de 2008

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Especialistas alertam sobre crise de energia

DA SUCURSAL DO RIO

O ex-presidente da Eletrobrás Luiz Pinguelli Rosa não é o único especialista a criticar a demora do governo em agir e a alertar para o risco de uma crise de abastecimento de energia no país.
Para Adílson de Oliveira, da UFRJ e do Conselho Empresarial de Energia da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), só medidas de racionalização do uso da energia não bastam. É necessário um plano de contingenciamento do gás, que deve ser priorizado para as térmicas.
O governo tem ainda, diz, de admitir que a crise existe e ser "mais agressivo". "O fato é que um conjunto de consumidores tem de deixar de consumir energia." A situação, avalia, é grave, pois os lagos das usinas estão se esvaziando rapidamente.
Ele defende um aumento imediato do preço do gás a fim de desestimular o seu consumo, deslocando o suprimento para as térmicas.
Professor da UnB (Universidade de Brasília), Ivan Camargo diz que a situação é "mais confortável do que em 2001", mas que nem por isso não são necessárias ações imediatas do governo, como o lançamento de um programa de racionalização.
O cerne da crise, diz, é a falta de gás. "Não há alternativa de curto prazo. E as perspectivas de médio prazo não são boas. Os investimentos para aumentar a produção na Bolívia foram paralisados e ela já sinaliza que reduzirá a oferta de gás para o Brasil."


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