DA REDAÇÃO

A crise que o setor de grãos vinha vivendo, principalmente nas duas últimas safras, trouxe conseqüências para toda a economia e especialmente para a cadeia do agronegócio.
O governo vem adotando, há dois anos, pacotes de alívio para a agricultura, mas, mesmo assim, os produtores não conseguiram se equilibrar entre receitas e despesas, despejando dívidas para as próximas safras.
As empresas fornecedoras de crédito esperam que as negociações sejam muito mais fáceis a partir de agora. "É muito dinheiro entrando", diz o diretor de uma dessas empresas, localizada em Mato Grosso.
A melhora de cenário para o setor de grãos anima os fornecedores de insumos. As indústrias de adubos e de fertilizantes, que entregaram mais produtos em 2006, tiveram receitas menores com a queda dos preços. Neste ano, a indústria espera recompor as receitas.
O setor de máquinas agrícolas, que teve forte desaceleração nas vendas internas nos últimos anos, também prevê recuperação. A indústria, que chegou a vender 6.000 colheitadeiras por ano, vendeu apenas 1.000 unidades em 2006.
Francesco Pallaro, vice-presidente comercial e de marketing da Case New Holland para a América Latina, diz que o cenário passa a ser muito positivo. "O panorama é favorável, mas não sabemos com que velocidade as vendas podem ser retomadas. Em abril, vamos ter uma idéia mais clara."
Pallaro diz que as vendas de tratores devem continuar estáveis com a procura pelos setores de cana, café, fumo e laranja. Já as de colheitadeiras dependem da safrinha e do plantio do segundo semestre. (MZ)


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