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ÁSIA
Governo japonês adota medida para evitar prolongamento da recessão; Suécia também anuncia corte nas taxas
BC do Japão reduz seus juros para 0,15%
das agências internacionais
O banco central do Japão reduziu
ontem as suas taxas de juros de
curto prazo a um nível recorde de
0,15% ao ano. O último corte,
anunciado em setembro passado,
havia reduzido as taxas a 0,25% ao
ano.
Com a medida de ontem, o governo japonês quer evitar que o
fortalecimento do iene e o aumento dos juros dos bônus do Tesouro
-que triplicaram nos últimos
quatro meses- levem a um prolongamento ainda maior da recessão que atinge o país.
O presidente do Banco do Japão,
Masaru Hayami, afirmou que espera que os juros de longo prazo
adotados no mercado também tenham uma redução. Hayami disse,
porém, que não está absolutamente seguro de que isso vai ocorrer e
que outras medidas adicionais poderão ser necessárias.
Economistas avaliaram ontem
que a decisão do banco central japonês terá impacto limitado na
economia local e disseram que o
governo certamente será pressionado a atuar com mais audácia.
"A percepção do Banco do Japão
é que a economia japonesa está
terrivelmente mal", afirmou Akio
Makabe, gerente-geral de mercado
financeiro do Dai Ichi Kangyo Research Institute.
Após o anúncio, o dólar se fortaleceu em relação ao iene. Antes do
corte dos juros, estava sendo negociado a 114,62 ienes. Depois da medida do BC japonês, a moeda norte-americana subiu para 116,04 ienes em Tóquio.
Mais tarde, durante as negociações em Nova York, o dólar caiu
em relação ao iene e ao euro, a
moeda européia. O dólar passou
para 114,19 ienes, contra 114,63 no
fechamento do dia anterior no
mercado norte-americano. O euro
subiu de US$ 1,1223 para US$
1,1285 no final das negociações de
ontem em Nova York.
Para os investidores, o anúncio
do Banco do Japão de que não aumentará a recompra de seus bônus
levará os juros dos títulos do Tesouro japonês a continuar subindo
e manterá a tendência de fortalecimento do iene.
Suécia
O banco central da Suécia também reduziu ontem as suas taxas
de juros que servem de referência
para todo o mercado. Os juros caíram 0,25 ponto percentual e passaram para 3,15% ao ano.
Foi a quarta redução em três meses em uma tentativa de estimular
a economia local, que enfrenta a
pior queda de produção manufatureira em dois anos.
O governo sueco reduziu de 3%
para 2,2% a sua perspectiva de
crescimento em 99.
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