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Equador desiste de defender sua moeda
das agências internacionais
O Equador abandonou ontem
seus esforços para defender a
moeda local, o sucre, e anunciou
a livre flutuação do câmbio em
uma tentativa de deter o aprofundamento da crise financeira.
O sucre fechou ontem com
queda de cerca de 10%. Operadores estimam que a moeda deverá ter ainda uma depreciação
de 10% a 15%.
Desde o começo do ano, as reservas do país caíram de US$ 1,7
bilhão para US$ 1,4 bilhão devido às tentativas do banco central
local de impedir a queda de sua
moeda.
Especialistas dizem que somente um acordo com o FMI
(Fundo Monetário Internacional) fará o país recuperar a confiança dos investidores. Sem a
ajuda externa, segundo alguns
analistas, o país terá dificuldades para honrar suas dívidas.
Uma missão do FMI deve chegar
ao país no próximo dia 22.
O Equador precisa pagar US$
148,2 milhões em juros de seus
bônus no próximo dia 28 e outros US$ 31 milhões no final de
março, de acordo com avaliação
do Lehman Brothers. O país deverá gastar US$ 410 milhões este
ano com o pagamento de bônus.
Os bancos do Equador acumulam ainda US$ 3,8 bilhões em dívida externa. Cerca de US$ 2,1
bilhões vencem em um prazo de
um ano, segundo dados do Bank
for International Settlements (o
banco central dos bancos centrais).
A inflação no Equador já beira
os 40%, e os juros adotados no
mercado interno estão acima de
100%. O setor bancário enfrenta
uma grave crise. A dívida pública chega a US$ 15 bilhões.
Na última quinta-feira, o ministro das Finanças, Fidel Jaramillo, renunciou em protesto
contra um novo Orçamento para 1999 que não incluía um aumento de impostos. Jaramillo
considerava a medida fundamental para ajudar o país a enfrentar o déficit fiscal. Analistas
avaliam que o socorro financeiro deve chegar a um valor entre
US$ 400 milhões e US$ 1 bilhão.
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