São Paulo, sábado, 13 de março de 2004

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"AGENDA POSITIVA"

Banco deve elevar ainda volume de empréstimos comerciais

Habitação e saneamento terão mais crédito da Caixa

ANA PAULA GRABOIS
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A CEF (Caixa Econômica Federal) vai expandir em 76% o volume de empréstimo aos setores de saneamento e habitação neste ano em relação ao ano passado e ampliar em 50% o volume de crédito comercial (para empresas e pessoas físicas) em 2004.
Somente para saneamento e habitação, estão previstos recursos da ordem de R$ 11 bilhões. Em 2003, o banco financiou R$ 6,2 bilhões aos dois setores. A Caixa prevê emprestar cerca de R$ 8 bilhões para o segmento de habitação e R$ 3 bilhões para obras de saneamento neste ano.
"Essa ampliação dos recursos para o setor de habitação e saneamento, além de melhorar as condições de vida de milhões de brasileiros e auxiliar na redução do déficit vergonhoso de 6,6 milhões de unidades habitacionais, vai contribuir para que o setor da construção civil inverta a queda observada nos últimos anos e volte a contribuir para a geração de emprego e renda e para o crescimento da economia brasileira", disse o presidente da Caixa, Jorge Mattoso.
O setor da construção civil registrou retrações consecutivas nos últimos três anos. No ano passado, apresentou a maior queda (de 8,6%) desde 1992, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) iniciou a atual série histórica do PIB (Produto Interno Bruto).

Crédito comercial
Já os recursos destinados ao crédito comercial vão somar R$ 30 bilhões em 2004, R$ 10 bilhões acima do registrado no ano passado. "Existe uma demanda reprimida por crédito no país. E, sem crédito, não tem crescimento econômico", afirmou.
Segundo ele, além de representar um volume elevado de recursos, os R$ 30 bilhões têm um forte impacto na economia, uma vez que os empréstimos do banco estatal são pulverizados. No ano passado, o financiamento médio tomado por empresas foi de R$ 5.000. Para as pessoas físicas, o empréstimo médio correspondeu a R$ 1.000.
A expectativa da Caixa é continuar a baixar as taxas de juros cobradas dos clientes neste ano. "Nossas taxas de juros são as menores do mercado. Mantida a continuidade de queda na taxa básica, as taxas de juros da Caixa serão reduzidas", afirmou Mattoso. No ano passado, a Caixa teve o maior lucro de sua história, de R$ 1,6 bilhão.


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