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Equador suspende pagamento da dívida
Pela 2ª vez desde dezembro, governo Correa afirma que não honrará títulos da dívida, que considera ilegal e ilegítima
Governo deve propor ampliação do vencimento do débito, juros menores e corte no valor nominal dos títulos, afirmam analistas
DA REDAÇÃO
O governo equatoriano disse
que não pagará a parcela de
US$ 135 milhões referentes ao
bônus Global 2030 que vencem
no domingo, entrando pela segunda vez em "default". O governo de Rafael Correa considera a dívida ilegal e ilegítima.
Em dezembro do ano passado, os equatorianos já tinham
suspendido os pagamentos dos
juros de US$ 30,6 milhões dos
bônus Global 2012 usando os
mesmos argumentos.
A ministra das Finanças, María Elsa Viteria, afirmou, em comunicado, que o governo está
"concluindo, com seus assessores financeiros e legais, uma
proposta de solução" para os
investidores que adquiriram os
títulos da dívida externa equatoriana. Ao todo, os bônus Global 2012 e 2030 somam US$ 3,2
bilhões (cerca de 7% do PIB do
país) de uma dívida externa
que, em dezembro de 2008, estava em US$ 10,9 bilhões.
Ao contrário do ocorrido no
ano passado, o governo equatoriano optou por uma linguagem
menos agressiva, soltando um
comunicado técnico em que
promete uma solução. Para Ramiro Crespo, analista da Analytica Securities, com isso, o governo de Correa quer manter
os investidores na expectativa,
torcendo para que eles não se
organizem e entrem na Justiça
contra o país.
Mas, com a grave crise que vive a economia global, a proposta do governo equatoriano, segundo analistas, não deve fugir
de uma troca dos papéis por outros com ampliação da data de
vencimento, juros menores e
um forte corte no valor nominal. "As coisas ficaram complicadas para a sua economia e esse é um fator limite para o
Equador", disse Enrique Alvarez, estrategista da IDEAglobal.
Com agências internacionais
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