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Juro para o fim do ano cai a 9,94% na BM&F
Bolsa tenta aproveitar alta em NY e tem ganho de 0,9%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após o Copom realizar, na
quarta-feira, o maior corte na
taxa básica Selic desde 2003, os
juros futuros aprofundaram
ainda mais suas projeções, o
que indica que o ciclo de afrouxamento monetário vai prosseguir por algum tempo. O contrato que vence na BM&F na virada do ano já projeta taxa de
juros abaixo de 10% -ontem,
fechou em 9,94% anuais.
O Copom reduziu os juros de
12,75% para 11,25% em sua reunião encerrada anteontem. O
mercado já contava com uma
baixa dessa magnitude nos juros básicos, mas isso não impediu que as taxas recuassem nos
contratos DI (Depósito Interfinanceiro) mais negociados.
Já a Bovespa não reagiu de
forma significativa à redução
dos juros, ficando mais atenta
aos movimentos de Wall Street,
que teve um dia de ganhos elevados. A alta da Bovespa de ontem, que ficou em 0,89%, não
foi mais expressiva devido ao
fraco desempenho dos papéis
dos setores de siderurgia e de
mineração.
Uma sequência de notícias
corporativas aqueceu os negócios no mercado norte-americano, onde o índice Dow Jones
avançou 3,46%. O fato de a GE
ter sido rebaixada pela agência
S&P em apenas um degrau foi
recebido com alívio pelos investidores e fez os papéis da
empresa subir 12,7%.
"O mercado já precificava a
queda de 1,5 ponto percentual
na taxa Selic, e a decisão acabou
por não ter muita influência na
Bovespa", afirma Hersz Ferman, economista da UM Investimentos. "Além disso, os papéis da Vale acabaram não indo
tão bem e pesaram no dia."
Entre as maiores baixas do
pregão, apareceram as ações da
Vale, que caíram 1,73% (ON) e
1,38% (PNA). A Vale é a segunda maior companhia da Bolsa,
atrás apenas da Petrobras.
Na outra ponta, o setor bancário teve um dia de ganhos,
aproveitando a recuperação
dos papéis do segmento em
Wall Street. Declarações de um
executivo do Bank of America,
de que a instituição tem sido
rentável no primeiro bimestre
e que não deve necessitar de
nova ajuda oficial, trouxeram
novo ânimo ao setor. As ações
do banco saltaram 18,66%.
No pregão da Bovespa, os papéis UNT do Unibanco terminaram com apreciação de
2,78%; Bradesco PN ganhou
2,62%; e Itaú PN fechou com
elevação de 2,58%.
O dia menos tenso permitiu
que o dólar registrasse desvalorização elevada, de 2,13%, diante do real. Vendido a R$ 2,301
no fim das operações, o dólar
passou a registrar queda no ano
de 1,41%.
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