São Paulo, sexta-feira, 13 de março de 2009

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Juro para o fim do ano cai a 9,94% na BM&F

Bolsa tenta aproveitar alta em NY e tem ganho de 0,9%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após o Copom realizar, na quarta-feira, o maior corte na taxa básica Selic desde 2003, os juros futuros aprofundaram ainda mais suas projeções, o que indica que o ciclo de afrouxamento monetário vai prosseguir por algum tempo. O contrato que vence na BM&F na virada do ano já projeta taxa de juros abaixo de 10% -ontem, fechou em 9,94% anuais.
O Copom reduziu os juros de 12,75% para 11,25% em sua reunião encerrada anteontem. O mercado já contava com uma baixa dessa magnitude nos juros básicos, mas isso não impediu que as taxas recuassem nos contratos DI (Depósito Interfinanceiro) mais negociados.
Já a Bovespa não reagiu de forma significativa à redução dos juros, ficando mais atenta aos movimentos de Wall Street, que teve um dia de ganhos elevados. A alta da Bovespa de ontem, que ficou em 0,89%, não foi mais expressiva devido ao fraco desempenho dos papéis dos setores de siderurgia e de mineração.
Uma sequência de notícias corporativas aqueceu os negócios no mercado norte-americano, onde o índice Dow Jones avançou 3,46%. O fato de a GE ter sido rebaixada pela agência S&P em apenas um degrau foi recebido com alívio pelos investidores e fez os papéis da empresa subir 12,7%.
"O mercado já precificava a queda de 1,5 ponto percentual na taxa Selic, e a decisão acabou por não ter muita influência na Bovespa", afirma Hersz Ferman, economista da UM Investimentos. "Além disso, os papéis da Vale acabaram não indo tão bem e pesaram no dia."
Entre as maiores baixas do pregão, apareceram as ações da Vale, que caíram 1,73% (ON) e 1,38% (PNA). A Vale é a segunda maior companhia da Bolsa, atrás apenas da Petrobras.
Na outra ponta, o setor bancário teve um dia de ganhos, aproveitando a recuperação dos papéis do segmento em Wall Street. Declarações de um executivo do Bank of America, de que a instituição tem sido rentável no primeiro bimestre e que não deve necessitar de nova ajuda oficial, trouxeram novo ânimo ao setor. As ações do banco saltaram 18,66%.
No pregão da Bovespa, os papéis UNT do Unibanco terminaram com apreciação de 2,78%; Bradesco PN ganhou 2,62%; e Itaú PN fechou com elevação de 2,58%.
O dia menos tenso permitiu que o dólar registrasse desvalorização elevada, de 2,13%, diante do real. Vendido a R$ 2,301 no fim das operações, o dólar passou a registrar queda no ano de 1,41%.


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