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Contabilidade era "decoração",
diz executivo
DO "NEW YORK TIMES"
Os repos, ou "acordos de
recompra", são prática comum em Wall Street e representam empréstimos
de curto prazo que, em determinados momentos,
podem oferecer financiamento crucial. O Lehman
Brothers, no entanto, usava métodos agressivos de
contabilidade em suas
transações "Repo 105", o
que permitia que transferisse ativos de baixo desempenho para fora de
suas contas e, assim, atingisse metas trimestrais.
Em uma série de mensagens de e-mail mencionadas pela auditoria, um executivo do Lehman escreve,
sobre as operações "Repo
105", que "elas são basicamente decoração".
A auditoria afirma que
"demandas sustentáveis"
poderiam ser apresentadas contra alguns antigos
executivos do Lehman
Brothers e contra a Ernst
& Young, o que significa
que existem indícios suficientes para justificar que
um julgamento conceda
indenização aos queixosos. E acrescentou que o
conselho do Lehman Brothers não estava ciente da
engenharia contábil.
Pelo seu cálculo, o Lehman Brothers conseguiu
"despejar" US$ 39 bilhões
de seu balanço no final do
quarto trimestre de 2007,
US$ 49 bilhões no primeiro trimestre de 2008 e
US$ 50 bilhões no segundo trimestre desse ano.
Em meados de 2008,
um vice-presidente sênior
do banco, Matthew Lee,
escreveu ao comando da
empresa e à Ernst &
Young para denunciar
"impropriedades contábeis". Mas nem os executivos do Lehman nem a
Ernst & Young alertaram
o conselho do banco.
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