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Países ricos cortam ajuda para os africanos
DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
Nos poucos momentos em
que conseguiu desviar o foco do
escândalo envolvendo sua namorada, o presidente do Banco
Mundial, Paul Wolfowitz, afirmou ontem que os países desenvolvidos reduziram em 5%
no ano passado o volume de
ajuda prometida à África.
Os desembolsos oficiais caíram a US$ 104 bilhões em
2006, e o mundo estaria longe
de cumprir o compromisso de
dobrar a ajuda à região até
2010. Já os programas do Bird,
disse, somaram U$ 4,7 bilhões e
devem atingir o recorde de US$
5 bilhões este ano.
Segundo Wolfowitz, não há
nenhum exemplo de país africano que tenha hoje um fluxo
de ajuda suficiente para assegurar o cumprimento das chamadas Metas do Milênio -um
conjunto de alvos sociais que se
quer alcançar até 2015.
O assunto será um dos temas
centrais nas discussões do Comitê de Desenvolvimento na
reunião conjunta do FMI e do
Banco Mundial. "Precisamos
reiterar o cumprimento das
promessas que fizemos no passado", disse.
Também em entrevista coletiva ontem, o diretor-gerente
do FMI, Rodrigo de Rato, afirmou que os países da América
Latina "tem o desafio" de se integrarem mais à economia
mundial. Ele atribuiu o crescimento da região abaixo da média de outros emergentes aos
baixos níveis de globalização.
"A região necessita de ajustes
estruturais para se adaptar melhor ao resto do mundo e para
se tornar mais atrativa a investimentos internacionais" , disse Rato.
(FCZ)
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