São Paulo, sexta-feira, 13 de abril de 2007

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Países ricos cortam ajuda para os africanos

DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON

Nos poucos momentos em que conseguiu desviar o foco do escândalo envolvendo sua namorada, o presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, afirmou ontem que os países desenvolvidos reduziram em 5% no ano passado o volume de ajuda prometida à África.
Os desembolsos oficiais caíram a US$ 104 bilhões em 2006, e o mundo estaria longe de cumprir o compromisso de dobrar a ajuda à região até 2010. Já os programas do Bird, disse, somaram U$ 4,7 bilhões e devem atingir o recorde de US$ 5 bilhões este ano.
Segundo Wolfowitz, não há nenhum exemplo de país africano que tenha hoje um fluxo de ajuda suficiente para assegurar o cumprimento das chamadas Metas do Milênio -um conjunto de alvos sociais que se quer alcançar até 2015.
O assunto será um dos temas centrais nas discussões do Comitê de Desenvolvimento na reunião conjunta do FMI e do Banco Mundial. "Precisamos reiterar o cumprimento das promessas que fizemos no passado", disse.
Também em entrevista coletiva ontem, o diretor-gerente do FMI, Rodrigo de Rato, afirmou que os países da América Latina "tem o desafio" de se integrarem mais à economia mundial. Ele atribuiu o crescimento da região abaixo da média de outros emergentes aos baixos níveis de globalização.
"A região necessita de ajustes estruturais para se adaptar melhor ao resto do mundo e para se tornar mais atrativa a investimentos internacionais" , disse Rato. (FCZ)


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