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FGV já apura deflação no atacado com queda do dólar
DA SUCURSAL DO RIO
A primeira prévia do IGP-M
(Índice Geral de Preços do Mercado) deste mês registrou alta de
preços de apenas 0,01%, a mais
baixa desde a deflação (queda de
preços) de 0,16% captada pela
FGV na primeira prévia do índice
de fevereiro do ano passado.
Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da
FGV, disse que a queda já era esperada e previu que o IGP-M deste mês pode fechar com deflação.
Na primeira prévia de abril, a alta de preços havia sido de 0,69%.
A drástica redução da alta foi provocada por uma deflação de
0,30% no atacado. Os preços, medidos pelo IPA (Índice de Preços
por Atacado), haviam subido
0,60% na primeira prévia de abril.
De acordo com Quadros, foi a
queda do dólar, associada à redução dos preços dos combustíveis,
que provocou a deflação no IPA.
Os preços dos combustíveis e lubrificantes, que haviam subido
1,41% na primeira prévia do IPA
de abril, caíram 0,32% na primeira prévia deste mês.
No varejo, os preços tiveram alta menor. O IPC (Índice de Preços
ao Consumidor) foi de 0,61% na
primeira prévia de maio (0,93%
na primeira prévia de abril).
Os alimentos, que vinham sendo a principal fonte de pressão sobre os preços no varejo, subiram
apenas 0,14%, contra 1,72% na
primeira prévia de abril. A maior
pressão de alta veio do grupo habitação, com aumento de 1,34%,
contra 0,61% em abril.
Mercado
O mercado financeiro reduziu,
mais uma vez, a estimativa para o
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano. Segundo pesquisa feita pelo BC entre
bancos e empresas de consultoria,
a expectativa caiu de 12,39%, na
pesquisa anterior, para 12,28%, na
pesquisa divulgada ontem.
Apesar da queda, a previsão está
acima da meta de inflação fixada
pelo governo para 2003, de 8,5%
para o IPCA. Para 2004, a projeção teve queda de 7,89% para
7,8%, mas a previsão para o IPCA
deste mês foi mantida em 0,50%.
Na próxima semana, o Copom
(Comitê de Política Monetária do
BC) voltará a se reunir e deverá levar em consideração essa expectativa do mercado com relação à
inflação para decidir sobre a taxa
de juros básicos da economia.
Questionado sobre se já é hora
de baixar a taxa de juros, hoje em
26,5%, Quadros disse: "Eu liguei o
meu viés de baixa", acrescentando que acha melhor esperar a segunda prévia do IGP-M para ver
se a queda dos preços no varejo
ganha mais consistência.
De acordo com o levantamento
feito pelo BC, pela terceira semana consecutiva os investidores revisaram para baixo as previsões
para a taxa de câmbio. A expectativa é que o dólar chegue ao final
deste ano em R$ 3,30, contra R$
3,40 previstos na semana passada.
Os investidores mantiveram a
previsão de superávit da balança
de US$ 16 bilhões neste ano.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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