DA FOLHA ONLINE E
DE BUENOS AIRES

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que o dólar ideal será determinado pelo mercado, exatamente como dizem o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles -porta-vozes oficiais do assunto, segundo o ministro José Dirceu (Casa Civil).
Para Furlan, que chegou a defender a intervenção do Banco Central para segurar a queda do dólar, o dinamismo de alguns exportadores "independe" da taxa de câmbio. O ministro afirmou que o dólar negociado a R$ 3 continua "atraente" para os exportadores, pois está acima do negociado no começo do ano passado.
Furlan também afirmou que o governo Lula se libertará da influência do FMI assim que aprovar as reformas.
Em Buenos Aires, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse que o câmbio deve continuar flutuando livremente e que o BC não deve intervir para conter a queda do dólar.
Para o ministro, os países não devem "engessar o câmbio" e a adoção de políticas de paridade cambial adotadas pelo Brasil e pela Argentina na década de 90 foram prejudiciais para as economias desses países.
"É tentador usar a âncora cambial para enfrentar uma situação de inflação, pois ela tem efeito rápido. Mas esse é um remédio que, se usado em doses excessivas, pode matar o paciente", disse.


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