DA SUCURSAL DO RIO

As exportações brasileiras estão cada vez menos dependentes de um número restrito de produtos e mais diversificadas, mostra a Pesquisa Industrial Anual, divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 1998, os cem produtos mais vendidos ao exterior representavam 70% das exportações totais. Em 2001, o percentual caiu para 63%. O mesmo não ocorreu com as vendas totais da indústria: em 2001, os dez mais vendidos tinham uma participação de 17% -mais do que os 13% de 1998.
As exportações também ganharam espaço na indústria. Os 29 produtos mais exportados e que também estavam na lista dos cem mais vendidos correspondiam a 11% das vendas totais em 1996. Esse percentual subiu para 19% em 2001 -agora com 32 itens.
Os aviões tiveram em 2001 a maior participação individual (4,75%) no total das exportações. A seguir, aparecem soja em grão (4,67%), farelo de soja (3,54%) e minério de ferro (3,29%).
"Produtos mais elaborados como veículos e celulares cresceram muito até o ano passado. Neste ano, porém, as commodities é que vão crescer mais por causa da alta dos preços. As exportações de automóveis devem até cair um pouco", afirmou José Augusto de Castro, diretor da Associação Brasileira de Comércio Exterior.
Em 2001, os automóveis apareceram na sexta posição (2,13%), seguidos por café (2,07%) e celulose (2,05%). (PEDRO SOARES)


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