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AVIAÇÃO
Concorrentes fecham juntas, com a US Airways, maior contrato do setor regional; cada uma pode faturar até US$ 6,2 bi
Negócio recorde une Embraer e Bombardier
MARCELO CLARET
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
Um acordo comercial entre a
Embraer (Empresa Brasileira de
Aeronáutica), a canadense Bombardier, sua principal concorrente, e a companhia aérea norte-americana US Airways garantiu à
fabricante brasileira de aviões o
maior contrato de venda firmado
no setor de aviação regional no
mundo em todos os tempos, que
pode chegar a US$ 6,2 bilhões.
O negócio, anunciado ontem
pela Embraer, envolve a aquisição
de 85 jatos regionais Embraer-170
por parte da US Airways e prevê
outras 190 opções de compra
-50 do Embraer-170 e 140 do
ERJ-145. A venda desses 85 jatos
já rendeu à empresa brasileira
US$ 2,1 bilhões.
Nas negociações, a fabricante
Bombardier também conquistou
a mesma fatia do contrato obtida
pela Embraer. A empresa canadense vai fornecer à US Airways
60 CRJ-200 e 25 CRJ-700, além de
outras 190 opções de compra desses modelos, em negócio também
estimado em US$ 6,2 bilhões.
A venda dos jatos da Embraer
será financiada pela Gecas (General Electric Capital Aviation Services), empresa norte-americana de
leasing, que resolveu realizar a
operação após conseguir comprar 5% do capital da US Airways.
No entanto, dos 85 aviões negociados pela companhia brasileira,
somente 55 serão fornecidos diretamente pela Embraer. As outras
30 aeronaves serão entregues pela
Gecas, que comprou 50 aeronaves
do modelo da Embraer em 2000.
As negociações envolvendo a
venda de aeronaves para a US Airways vinham sendo costuradas
pela Embraer e pela Bombardier
desde março deste ano, quando a
companhia aérea anunciou seus
planos de integrar 400 jatos regionais a sua frota.
Analistas de mercado especialistas em Embraer disseram que a
fabricante brasileira teria condições de conquistar a fatia que ficou com a Bombardier caso não
fosse fechado o acordo comercial.
"Os jatos da Embraer oferecem
mais conforto e têm mais tecnologia do que os fabricados pela
Bombardier", disse Carlos Eduardo Albano, analista do Unibanco.
Rodrigo Magela Pereira, da Pactual, disse que a Embraer preferiu
garantir a venda dos jatos a entrar
em uma concorrência direta com
a Bombardier. "Se houvesse disputa acirrada, o preço do avião
poderia ficar inferior."
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