São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2004

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Demanda global atinge maior nível desde 1988

DA REPORTAGEM LOCAL

A expansão da economia mundial, especialmente na Ásia, impulsionou o maior aumento da demanda global por petróleo nos últimos 16 anos.
Segundo a IEA (sigla em inglês para Agência Internacional de Energia), a demanda global neste ano subiu para 80,6 milhões de barris por dia. Em termos percentuais, o aumento será de 2,5% sobre 2003.
A afirmação consta de relatório divulgado ontem pela agência. O órgão reviu para cima as estimativas para 2004.
A agência revela também que a produção mundial de petróleo teve um recuo de 440 mil barris por dia em abril deste ano, o que fez o volume cair para 81,5 milhões de barris/dia. O consumo global no segundo trimestre deve ficar em 78,7 milhões de barris ao dia. Mas, no último trimestre deste ano, o patamar deve atingir 82,5 milhões de barris por dia.
"(...) essa bem-vinda volta da atividade econômica coloca em evidência a necessidade de assegurar o abastecimento suficiente para sustentar a retomada", diz trecho do documento.
Ao lado da expansão do consumo, a agência também destaca que a produção de petróleo nos países que não integram a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decepcionou. A agência rebaixou a estimativa de crescimento da produção nesses países de 1,3 milhão de barris/dia para 1,2 milhão de barris/dia em 2004.
Sobre o Brasil, o relatório diz: "A produção brasileira de óleo cru manteve o começo desalentador do início deste ano". Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), a queda da produção já era esperada, pois alguns equipamentos da Petrobras pararam no primeiro trimestre deste ano. De acordo com a IEA, o Brasil deve produzir 1,9 milhão de barris/dia no final de 2004. No primeiro trimestre, o nível foi de 1,7 milhão de barris por dia.
Para a China, a agência projeta um crescimento do consumo de 20,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, serão consumidos 6,26 milhões de barris/dia.
A IEA alerta para o fato de que as previsões possam ser conservadoras.


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