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foco
"Quem sabe agora nós alcançamos o BNDES", torce pequena indústria
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Cláudio Lutzkat, principal
executivo da Aliança Metalúrgica -fabricante de registros de botijões de GLP (gás
liquefeito de petróleo) e fechaduras há 80 anos no bairro do Jaçanã, zona norte de
São Paulo-, nem viu o anúncio da nova política industrial. Estava empenhado em
acelerar a instalação de uma
máquina importada, que ficou um mês retida no porto
de Santos devido à greve dos
auditores da Receita Federal.
A máquina integra investimento de US$ 4 milhões. "É
investimento nosso, com dinheiro nosso. Não tem nada
de BNDES", diz Lutzkat.
A Aliança Metalúrgica não
acompanhou o anúncio, mas
gostaria de saber: será que a
nova política industrial vai alcançá-la?
"Quem sabe agora nós alcançamos o BNDES. Já tentamos, mas é algo tão distante, tão burocrático, que nos
fez concluir que os recursos
atendem apenas a uma elite
industrial", afirma. Nos últimos anos, com problemas fiscais, o BNDES ficou ainda
mais distante. Uma realidade
de boa parte das empresas.
Mas, até o fim do ano, a empresa quer resolver a questão
fiscal e bater novamente à
porta do banco. Aliás, vai precisar. A capacidade de produção da fábrica superou os
90%. A venda no mercado interno vai bem, mas não as exportações. "Quem sabe consigamos recursos no médio
prazo. Seria ótimo", diz.
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