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Corte de taxa do BNDES sairá por R$ 1 bi
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou reduções
de "spreads" (diferença entre a
taxa de captação e a cobrada
dos clientes) que terão impacto
no balanço do banco de cerca
de R$ 1 bilhão até 2010. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, as reduções
nas taxas de empréstimos equivalem a R$ 350 milhões/ano.
"A redução do "spread" tem
custo, vai reduzir um pouco o
lucro do banco, mas não podemos reduzir demais porque tenho de remunerar o acionista, o
Tesouro Nacional. Preciso contribuir para o superávit primário, mas felizmente o BNDES é
um banco que dá lucro", disse.
O ministro Guido Mantega
(Fazenda) ressaltou que o corte
de taxas é equivalente ao fim da
cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
nas transações do banco.
O BNDES reduzirá de 1,4% a
1,1% o "spread" básico médio
dos empréstimos. Também
baixou a taxa de intermediação
financeira de 0,8% a 0,5%. O
"spread" básico para compra de
bens de capital caiu de 1,5% a
0,9%. O prazo da linha Finame
(Financiamento para Máquinas e Equipamentos) passou de
cinco para dez anos.
Mantega anunciou ainda a
prorrogação do programa Revitaliza Exportação e Investimento, uma linha de financiamento do BNDES com taxas fixas no valor de até R$ 9 bilhões.
Mais recursos
O banco trabalha com orçamento de R$ 210,4 bilhões até
2010 somente para financiamentos da indústria e de serviços. Com os 190 projetos do
PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento), o volume total de desembolso em três anos
deve superar R$ 300 bilhões.
Coutinho não deu detalhes,
mas indicou que parte dos recursos do BNDES nos próximos anos deve vir do fundo soberano, que será detalhado em
entrevista hoje em Brasília.
Com metas mais arrojadas
para os próximos anos, Coutinho destacou que o banco priorizará com empréstimos mais
baratos os investimentos em
pesquisa e desenvolvimento,
engenharia e inovação e formação de capacidade produtiva.
Regiões como Norte e Nordeste
também terão benefícios.
O BNDES, o Banco do Brasil
e o do Nordeste estruturam
fundo de investimento em participações para capitalização de
empresas no Nordeste com patrimônio de R$ 300 milhões.
O banco expandiu a linha de
financiamento para inovação
com taxa de 4,5% fixa. Ampliou
o apoio não-reembolsável no
âmbito do Funtec (Fundo Tecnológico) de R$ 100 milhões/ano para R$ 300 milhões/ano.
(JANAINA LAGE)
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