São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

PESO AGRÍCOLA
Os agrícolas começam a dar vida à balança comercial. Na segunda semana deste mês, as receitas com soja atingiram valor médio de US$ 174 milhões por dia, 200% mais do que na primeira. Neste mês, os valores arrecadados superam em 162% os de igual período de 2007.

FEIJÃO EM ALTA
O feijão, um dos produtos considerados "sensíveis" pelo Ministério da Agricultura, começa a semana em alta na lavoura. Na média, a saca do tipo carioquinha foi negociada a R$ 130. A alta se deve à menor oferta. No dia, o feijão teve valorização de 4%.

DEPENDENTE
O Brasil não tem nenhum domínio sobre os preços internacionais de adubos e fertilizantes. O país produz apenas 2% da oferta mundial e consome 6%. Com isso, os produtores recebem os preços "quase prontos de fora". A avaliação é André Pessôa, da Agroconsult.

GRANDE PREJUDICADO
O produtor brasileiro é o que mais perde com a forte elevação do custo dos fertilizantes. O país tem terra mais pobre e usa maior quantidade de adubo do que Argentina, Estados Unidos e Europa, segundo Pessôa. "Estamos participando da festa de preços altos, mas de forma marginal", afirma Pessôa.

SEGURANÇA
Uma nova preocupação começa a se espalhar pelo mundo: o da segurança alimentar, segundo Alexandre Mendonça de Barros, da MBAgro. Desequilíbrio entre oferta e demanda e estoques baixos fazem com que os países comecem a adotar políticas restritivas às exportações de alimentos.

FRANGO A R$ 1,65
Pela quarta vez neste mês, o preço do frango apresentou alta. Ontem, o quilo da ave viva foi comercializado a R$ 1,65 nas granjas do interior paulista. A melhora nas vendas nas últimas semanas favoreceu a alta. Em 30 dias, o valor do frango acumula valorização de 22,2%.

LEMBRANÇAS 1
Lembranças de Roberto Rodrigues dos tempos de ministro da Agricultura, quando administrou uma das piores crises agropecuárias do país.

LEMBRANÇAS 2
Os problemas caem todos sobre a cabeça do ministro da Agricultura, mas os recursos para defesa sanitária e dívidas vêm do Tesouro; câmbio e juros são com o Banco Central; logística e invasões de terra, com outros ministérios. "Isso é injusto. É uma sacanagem!"

EM BAIXA
Milho, em Chicago, e suco de laranja, em Nova York, lideraram as quedas de preços das commodities agrícolas, ontem. O milho caiu 2,4%, e o suco, 5%.


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