|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Leilão da hidrelétrica de Jirau tem dois inscritos
Investimento previsto na usina é de R$ 8,7 bilhões
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dois consórcios se inscreveram para disputar a hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira
(RO). Confirmando o que já havia sido anunciado pelo Ministério de Minas e Energia no dia
10 do mês passado, deverão
participar da disputa o consórcio liderado por Furnas/Odebrecht e outro, formado pelo
grupo multinacional Suez
Energy, pela empreiteira Camargo Correa e mais duas estatais, Chesf e Eletrosul.
Os nomes dos consórcios são
Jirau Energia (Odebrecht Investimentos, com 17,6%, Construtora Norberto Odebrecht,
1%, Andrade Gutierrez, 12,4%,
Cemig, 10%, Furnas, 39%, e
bancos Banif e Santander, com
20%) e Energia Sustentável do
Brasil (Suez Energy, com
50,1%, Camargo Corrêa, 9,9%,
Eletrosul, 20%, e Chesf, 20%).
Para confirmarem a participação no leilão, os dois consórcios precisam depositar garantias, até amanhã, no valor de 1%
do investimento, estimado em
R$ 8,7 bilhões. A hidrelétrica de
Jirau (3.300 MW), obra prevista no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), é a segunda usina do chamado Complexo do Madeira. Se o cronograma for cumprido, começa a
gerar energia em 2013. O governo definiu em R$ 91 por MWh
(megawatt-hora) o preço máximo da energia da hidrelétrica.
O leilão será na segunda-feira
e vencerá o consórcio que oferecer a menor tarifa, respeitado
o teto fixado pelo governo. A
primeira usina do complexo,
Santo Antônio (3.150 MW), foi
leiloada em dezembro de 2007.
Na ocasião, o preço teto era de
R$ 122 por MWh (34% maior
que o de Jirau) e o leilão foi
vencido pelo consórcio Furnas
(estatal)/Odebrecht, com a
mesma composição que disputará a usina de Jirau.
O consórcio vencedor ofereceu vender a energia por R$
78,90 o MWh (deságio de
35,3%). A usina de Santo Antônio ainda não está em construção porque não obteve licença
de instalação do Ibama. No cronograma do governo, a licença
sairá até o fim de julho.
Segundo estudos da EPE
(Empresa de Pesquisa Energética), o preço teto de R$ 91 por
MWh é viável se o vencedor
vender 30% da energia da usina
para a indústria, no mercado livre, a R$ 124 o MWh (média).
Ou seja, a indústria subsidiará o
preço mais barato da energia a
ser vendida ao mercado residencial. Ontem, 32 distribuidoras se inscreveram para comprar a energia gerada por Jirau.
Para chegar ao preço da tarifa
teto, a EPE simulou vários custos, entre eles o de capital (juros sobre empréstimos feitos
pelo vencedor da disputa). Na
simulação, 75% do custo da
obra poderá ser financiado.
Desse total, 90% (cerca de R$ 6
bilhões) viriam do BNDES.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Vendas eletrônicas: Comércio pela internet cresce 49% no 1º tri Índice
|