São Paulo, quarta-feira, 13 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RETRAÇÃO

Brasil enfrenta uma recessão técnica "branda", diz ministro

EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A economia brasileira está em recessão técnica, mas deverá fechar o ano com resultado positivo, na avaliação do ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
"Pelos números, recessão técnica aconteceu, porque são dois trimestres seguidos [de desaceleração econômica]. Em termos econômicos, é recessão técnica", afirmou.
Ele ponderou, contudo, que "a nossa recessão é muito mais branda que a de alguns outros países, que estão em uma situação muito mais difícil", e disse ver sinais de recuperação, como os que devem ser divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho, sobre o emprego com carteira assinada.
"Os números do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados] para abril mostram que já começa a haver uma recuperação, mas ainda lenta."
Segundo o ministro, as expectativas do governo para a taxa de câmbio, que desde a semana passada ameaça romper o piso de R$ 2, são as de que o dólar volte a se valorizar. "Nós esperamos que não passe disso, que volte inclusive a se apreciar um pouco", afirmou.

Previsão mais baixa
Levantamento da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) mostra que os bancos reduziram a previsão para o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano. Agora, esperam retração de 0,01%.
Em janeiro, o setor esperava crescimento da economia de 1,9%, sendo que em março a alta foi reduzida para 0,3%.
Segundo a pesquisa, realizada nos dias 7 e 8 de maio com 31 instituições financeiras, a taxa projetada para a inadimplência em 2009 é 0,5 ponto percentual maior que a de março (5,4%), e 1,5 ponto acima do registrado em 2008 (4,4%).
Quanto ao crédito, a expectativa em maio aponta crescimento de 14,2% neste ano, mesmo nível previsto em março. Em 2008, a expansão foi de 31,1%.
Para 2010, os bancos mantiveram a expectativa positiva em relação à recuperação da economia brasileira. Para o PIB, a previsão é de expansão de 3,3% no ano.


Texto Anterior: Juros caem bem menos que a Selic, diz pesquisa
Próximo Texto: Vinicius Torres Freire: Os mercados voltam a beber
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.