São Paulo, quarta-feira, 13 de maio de 2009

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Investidores embolsam lucro, e Bolsa cai pelo 2º dia

Bovespa perde 1,28%; com ação do BC, dólar sobe para R$ 2,068

EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE

Os investidores começaram nesta semana a embolsar os ganhos nos preços das ações no bimestre passado, e a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda ontem pelo segundo pregão consecutivo. O dólar fez uma pausa na "queda livre" recente, com uma nova intervenção do Banco Central.
O termômetro da Bolsa de Valores, o índice Ibovespa, recuou 1,28% e fechou ainda no patamar dos 50 mil pontos. O giro financeiro continuou acima da média, na casa dos R$ 5 bilhões.
Entre as maiores altas do dia, esteve a ação preferencial da Perdigão (13,28%), em meio a notícias da iminência da conclusão do acordo para a fusão da fabricante de alimentos com sua rival Sadia, que também viu suas ações subirem: 3,29%.
A agenda econômica da semana fica mais forte a partir de hoje, e até sexta-feira indicadores como vendas no varejo, atividade industrial e inflação nos Estados Unidos serão divulgados. A euforia recente pode ser posta à prova nesta semana, o que faz analistas esperarem vários dias de realização de lucros, quando os investidores vendem ações que já subiram bastante.
Ontem, indicadores da economia americana e chinesa não agradaram aos investidores. Nos EUA, o Departamento de Comércio revelou a primeira alta do déficit comercial americano em oito meses. Além disso, o país registrou o primeiro déficit fiscal em abril desde 1983. Na China, o governo divulgou uma queda nas exportações maior que a prevista. O dado desanima principalmente porque, diante da combalida economia americana, a China é vista justamente como uma das esperanças de recuperação da economia global.
"É fato que já está se dissipando a euforia das últimas semanas. Parece que os investidores estão um pouco mais conscientes de que nós ainda temos um longo caminho pela frente [antes da retomada do crescimento mundial]. O fluxo de recursos estrangeiros, que ajudou a Bolsa a disparar, também está um pouco mais lento", avalia Marco Aurélio Etchegoyen, operador da corretora gaúcha Diferencial.
No mês, a Bolsa ainda acumula alta de 6,42%. No ano, a valorização é de 34,02%.
Nos Estados Unidos, a Bolsa de Nova York (Dow Jones) fechou em alta -de 0,60%-, mas num dia de poucos negócios e marcado pela queda de 20% nas ações da montadora General Motors, que pode pedir concordata.
No mercado de câmbio, o Banco Central comprou dólares pelo terceiro dia consecutivo, e a moeda fechou a R$ 2,068, em alta de 0,44%. No mês, o dólar ainda acumula desvalorização de 5,18%. No ano, a queda é de 11,4%.


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