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Novo otimismo com a Europa faz Bovespa subir 1,24%
Houve avanços também na Europa; dólar volta a R$ 1,77
EPAMINONDAS NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados mostraram um
pouco mais de otimismo ontem
com a situação na Europa, principalmente com as medidas do
governo espanhol para cortar
os gastos públicos e reduzir o
deficit do país.
O pacote de quase US$ 1 trilhão para defender o euro, após
o entusiasmo inicial, foi alvo de
algum ceticismo por parte de
investidores e analistas.
Para muitos, o plano veio tardiamente e focado somente em
resolver problemas de curto
prazo, sem atacar questões fundamentais, como os rombos
fiscais dos países mais fragilizados da zona do euro.
A disposição da Espanha em
cortar 15 bilhões em despesas
públicas até 2011 trouxe novo
ânimo aos investidores, que
também comemoraram as expansões do PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro
(0,2%) e da principal economia
da Europa, a Alemanha (0,2%).
As Bolsas de Valores europeias refletiram essa mudança
de ânimo e subiram, a exemplo
de Londres (0,92%) e Paris
(1,10%), com destaque para
Frankfurt (2,41%).
Nos Estados Unidos, o índice
das ações da Bolsa de Nova
York, que é uma referência global, avançou 1,38%.
A Bovespa subiu 1,24%, batendo os 65.223 pontos. Alguns
profissionais do mercado avaliam que, acima dos 66 mil
pontos (pelo índice Ibovespa),
a Bolsa tem mais chances de
firmar uma tendência de recuperação dos preços.
A poucos dias da divulgação
do balanço trimestral, as ações
da Petrobras foram uma das
que puxaram o mercado brasileiro. A ação preferencial subiu
0,94% e movimentou mais de
9% dos R$ 5,44 bilhões negociados no pregão de ontem.
Outro papel que também se
destacou foi o da BM&FBovespa, empresa que administra as
Bolsas brasileiras. A empresa
teve lucro líquido de R$ 282,6
milhões no primeiro trimestre
deste ano.
A cifra significa acréscimo de
24,5% sobre os ganhos do início de 2009 e animou os investidores, que fizeram a ação ordinária da empresa subir 7,5%.
O papel ficou no topo dos
maiores ganhos do dia, considerando somente as ações mais
negociadas do mercado brasileiro. Também foi uma das preferidas pelos investidores, sendo o terceiro ativo mais movimentado no pregão de ontem.
A empresa ganha mais com
um fluxo maior de operações
nas Bolsas. Nesse sentido, analistas destacaram mudanças na
política de preços e os acordos
internacionais como pontos favoráveis à empresa.
"A retomada do fluxo de investimento estrangeiro de forma mais intensa [entre outros
fatores] pode nos surpreender
positivamente, o que nos fará
revisar (...) as expectativas do
Ibovespa para o final do ano",
afirmou a analista Laura Lyra,
da Ativa Corretora, em seu relatório sobre o balanço.
Dólar tem queda
O mercado de câmbio doméstico continua a deixar para
trás o nervosismo do início deste mês. Na sexta-feira passada,
o dólar foi cotado a R$ 1,85, mas
na segunda e terça-feiras mal
encostou em R$ 1,80.
Em um dia de bom humor
nas Bolsas de Valores, a moeda
norte-americana foi vendida
por R$ 1,773, o que significa decréscimo de 0,56%.
A agenda de indicadores econômicos teve poucos itens de
destaque nesta semana, e hoje
não deve ser diferente.
Sem números domésticos de
relevo, a atenção do investidor
estará voltada para as estatísticas do governo norte-americano sobre a demanda pelo auxílio-desemprego, um importante termômetro do mercado de
trabalho nos Estados Unidos.
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