São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2010

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Feirão da Casa Própria começa hoje em SP

Em todo o país 450 mil moradias serão vendidas, 200 mil dentro do Minha Casa, Minha Vida, para famílias com renda de até R$ 4.650

Programa permite uso de FGTS para imóveis de até R$ 130 mil; comprador deve checar condições do crédito e de entorno de imóvel

TATIANA RESENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Com foco na elevação dos números do Minha Casa, Minha Vida, começa hoje o Feirão da Casa Própria em São Paulo, realizado pela Caixa Econômica Federal. Das 151.845 unidades disponíveis, 35.919 estão dentro das regras do programa.
Em todo o Brasil, onde mais 11 eventos serão realizados até junho, serão cerca de 200 mil moradias entre as 450 mil que estarão à venda, de acordo com o banco, que ainda não compilou os números exatos pois nem todas as construtoras repassaram as ofertas.
O Minha Casa, Minha Vida usa o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), com juros mais baixos do que aqueles oferecidos com recursos da poupança, e é destinado a imóveis de até R$ 130 mil e famílias com renda até R$ 4.650 por mês.
Segundo o último balanço, foram 429 mil contratos assinados até o dia 3, totalizando R$ 28,6 bilhões em investimentos. A meta do governo federal é atingir 1 milhão de moradias até dezembro.
"O público do feirão representa o deficit habitacional brasileiro e, neste ano, temos mais ofertas para essa faixa da população", afirma Válter Nunes, superintendente regional da Caixa em São Paulo, lembrando que, em 2009, havia 28 mil imóveis que se enquadravam no programa federal no Estado.
Entre janeiro e março, a Caixa foi responsável por 73% de todas as concessões de crédito imobiliário (em valor) no país, elevando a fatia contabilizada no acumulado de todo o ano de 2009 (71%), quando os bancos privados ficaram receosos devido ao agravamento da crise e perderam participação nos empréstimos com recursos da poupança.
No primeiro quadrimestre, a Caixa registra R$ 21,2 bilhões em financiamento imobiliário, mais do que o dobro (124%) contabilizado no mesmo período de 2009.
Para famílias com renda mensal acima de R$ 4.650 e até R$ 4.900 que querem comprar imóveis de até R$ 130 mil, também é possível usufruir das mesmas taxas de juros, mas as condições para o seguro são diferentes. Acima desses patamares, o crédito liberado usará recursos da poupança, com juros de até 13% ao ano, mais TR.
A vantagem para quem está procurando um imóvel é encontrar no feirão todos os agentes da cadeia, como construtoras, corretores, cartórios e técnicos do banco responsáveis por liberar os financiamentos.
Antes de se comprometer por um financiamento que pode durar 30 anos, é preciso avaliar as condições do empréstimo, e não apenas o valor da prestação. William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV, aconselha os futuros mutuários a observarem a estrutura do imóvel e do seu entorno, o que inclui transporte e segurança.

FOLHA ONLINE
Veja lista dos imóveis
www.folha.com.br/101327



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