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Selic fica parada, mas
juros cobrados sobem
DA REPORTAGEM LOCAL
Os juros seguiram em alta em
maio. Isso mesmo com o Copom
mantendo a taxa básica inalterada
no mês. Na média, as taxas cobradas nas operações para pessoa física subiram de 162,66% em abril
para 164,70% ao ano em maio.
Nos empréstimos pessoais concedidos pelos bancos, os juros pularam entre abril e o mês passado de
110,29% para 115,32% anuais.
Os dados foram apurados pela
Anefac (Associação Nacional dos
Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Entre os dois meses, a taxa básica de juros (Selic), que serve de
parâmetro para as operações do
mercado financeiro, foi mantida
inalterada em 26,5% ao ano pelo
Copom (Comitê de Política Monetária).
As empresas também sentiram
o encarecimento do crédito no
mês passado. A taxa média anual
dos empréstimos para pessoa jurídica foram de 78,15% para
82,90% de abril para maio.
Para Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac, nada justifica a elevação dos juros. "Não há
explicação técnica para a alta. Nenhum ponto que influencia os juros finais, como a Selic e a inadimplência, sofreu elevações no período", diz Oliveira.
Em todas as modalidades pesquisadas pela entidade houve alta
nas taxas em maio.
"Pela pressão que vem sendo
feita tanto pela sociedade quanto
pelo governo, acreditava que os
bancos, no mínimo, mantivessem
as taxas inalteradas em maio."
O Copom realiza sua reunião na
próxima semana. A expectativa
do mercado, como mostram os
contratos futuros negociados na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros), é que haja corte na taxa
básica. O contrato DI -que considera as taxas nas operações entre bancos- com vencimento em
julho fechou projetando taxa de
25,94% ao ano, ou seja, mais de
0,5 ponto percentual abaixo da
atual Selic.
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