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São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2003

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Selic fica parada, mas juros cobrados sobem

DA REPORTAGEM LOCAL

Os juros seguiram em alta em maio. Isso mesmo com o Copom mantendo a taxa básica inalterada no mês. Na média, as taxas cobradas nas operações para pessoa física subiram de 162,66% em abril para 164,70% ao ano em maio. Nos empréstimos pessoais concedidos pelos bancos, os juros pularam entre abril e o mês passado de 110,29% para 115,32% anuais.
Os dados foram apurados pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Entre os dois meses, a taxa básica de juros (Selic), que serve de parâmetro para as operações do mercado financeiro, foi mantida inalterada em 26,5% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária).
As empresas também sentiram o encarecimento do crédito no mês passado. A taxa média anual dos empréstimos para pessoa jurídica foram de 78,15% para 82,90% de abril para maio.
Para Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac, nada justifica a elevação dos juros. "Não há explicação técnica para a alta. Nenhum ponto que influencia os juros finais, como a Selic e a inadimplência, sofreu elevações no período", diz Oliveira.
Em todas as modalidades pesquisadas pela entidade houve alta nas taxas em maio.
"Pela pressão que vem sendo feita tanto pela sociedade quanto pelo governo, acreditava que os bancos, no mínimo, mantivessem as taxas inalteradas em maio."
O Copom realiza sua reunião na próxima semana. A expectativa do mercado, como mostram os contratos futuros negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), é que haja corte na taxa básica. O contrato DI -que considera as taxas nas operações entre bancos- com vencimento em julho fechou projetando taxa de 25,94% ao ano, ou seja, mais de 0,5 ponto percentual abaixo da atual Selic.


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