CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

As etiquetas "Made in China" estarão presentes em pelo menos 80% dos artigos importados que vão enfeitar a torcida brasileira nesta Copa.
O cálculo é da Abipp (Associação Brasileira de Importadores de Produtos Populares). Segundo a entidade, houve uma alta de 15% na importação de artigos de categoria popular até abril deste ano. Desse volume total, aproximadamente 10 milhões de unidades são de inspiração verde-amarela e origem chinesa.
No topo da preferência da lista de 6.000 produtos importados, estão buzinas, cornetas, bolas e chapéus. "A Copa deve ser a nossa terceira data mais forte neste ano, só atrás do Natal e do Dia da Criança", disse Gustavo Dedivitis, presidente da Abipp.
Alguns dos artigos da Copa têm o recém-criado selo de certificação de qualidade Abipp. Por enquanto, o processo é controlado pelos próprios importadores.
O faturamento projetado para o comércio popular por causa dos festejos futebolísticos é de R$ 2 bilhões, o que equivale a 20% do total estimado para o ano de 2006.
De acordo com os comerciantes de produtos que oscilam entre R$ 1 e R$ 20, o resultado das vendas da Copa devem superar os ganhos com o Dia das Mães, que foram consideradas fracos.
A animação do setor, entretanto, está atrelada ao desempenho da seleção brasileira nos campos da Alemanha. "Se o Brasil sair cedo da Copa, se for um fiasco, os lojistas correm perigo de ficar com um estoque encalhado muito alto", afirmou Dedivitis. Esse cenário pessimista causaria um baque no segmento, já que esses artigos só deveriam voltar para o mercado na próxima Copa, em 2010.


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