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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Brasileiro paga o dobro de tributo comparado a 1995, afirma Firjan
Apesar de o governo defender mais um tributo, a CSS
(Contribuição Social para a
Saúde), aprovada na quarta pela Câmara dos Deputados em
substituição à CPMF, a carga
tributária não pára de subir.
Estudo realizado pela Firjan
mostra que o total de impostos
pagos por cada pessoa praticamente dobrou nos últimos 13
anos. Em 1995, cada brasileiro
pagava R$ 2.625 em impostos.
Já neste ano, a arrecadação per
capita deve saltar para R$
4.925, a preços constantes de
2007, descontada a inflação do
período medida pelo INPC.
Em 2008, a arrecadação per
capita deve crescer 4,4% em relação ao ano passado. De acordo com a pesquisa da Firjan,
neste ano, o brasileiro terá que
trabalhar quatro meses e nove
dias para pagar os tributos, dois
dias a mais do que no ano passado. Em dez anos, o contribuinte precisou trabalhar quase um mês a mais para pagar os tributos.
O estudo mostra que a carga
tributária, em 2008, deve atingir 35,4% do PIB -alta de 0,5
ponto percentual em relação ao
recorde do ano passado. Os cálculos foram feitos pela Firjan
baseados em dados da Secretaria da Receita Federal e do Orçamento da União aprovado
para 2008.
A economista Luciana de Sá,
diretora de desenvolvimento
econômico do sistema Firjan,
diz que não só a carga tributária
do Brasil é comparável com
países que oferecem melhores
serviços públicos como ela continua subindo permanentemente, apesar de já ser alta.
As recentes medidas de desoneração anunciadas pelo governo federal, segundo a economista, não serão suficientes
para que a carga tributária caia
neste ano. "A desoneração só
atinge poucos setores", diz Luciana, que aponta o crescimento dos gastos públicos como o
principal responsável pelo aumento da carga tributária.
A economista diz que a arrecadação sobe acima do crescimento da economia e critica a
aprovação da CSS.
"Não faz sentido aprovarmos
uma nova contribuição se, no
Congresso, está sendo discutida uma reforma tributária que
torna nosso sistema muito
mais racional", afirma.
MIGRAÇÃO
O executivo Marcelo Zenga, que atuou na BCP e na Claro,
estréia no mercado de fabricantes de celulares. Ele acaba de
assumir a diretoria de marketing da Palm com uma estratégia agressiva de lançamento de um pequeno smartphone no
Brasil. O Palm Centro -aparelho com navegador de internet, tocador multimídia e câmera- tem tamanho de um celular e pode custar "de R$ 0 a R$ 949 dependendo do plano
da operadora", segundo Zenga, que diz que a idéia é provocar a migração dos usuários de celular para o smartphone.
°O aparelho, que já foi lançado nos EUA, teve mais de 1 milhão de vendas em cinco meses. "Cerca de 70% eram pessoas que tinham celular e mudaram."
À MESA
A Emplarel, especializada em móveis para empresas
de alimentação e importadora de equipamentos para
cozinha, quer aumentar o faturamento em 30% até
julho de 2009. A participação da venda das máquinas
importadas no faturamento, que era de 13% em 2004,
deve passar para 50% neste ano. "O setor de "food service" passa por uma profissionalização e as empresas
só terão uma boa rentabilidade se investirem em
equipamentos de ponta", diz Marcos Farah, diretor
comercial da Emplarel.
BATERIA
A Telefónica (a da Espanha, com acento agudo no
"o") obteve a exclusividade
no lançamento do iPhone no
mercado espanhol. Agora,
decidiu estendê-la aos países latino-americanos em
que opera, Brasil inclusive
(com a Telefônica, com
acento circunflexo). Diz o
presidente do grupo, César
Alierta: "Os 16 países nos
quais somos provedores de
iPhone representam um
mercado potencial de 500
milhões de pessoas, o que situa a Telefónica como um
dos distribuidores globais líderes nesse revolucionário
terminal".
IMPACTO
Após 30 anos de vaivém
judicial, o Departamento de
Água e Energia Elétrica do
Estado de São Paulo, ontem,
tomou posse da área da empresa Manikraft Guaianazes
Indústria de Celulose e Papel, na área de inundação do
reservatório de Taiaçupeba,
em Suzano. A decisão encerra o processo de desapropriação de 1978 e permite ao
governo iniciar a demolição
da fábrica e concluir o fechamento da barragem e o enchimento do reservatório.
Em 30 anos, o Estado já pagou, por meio do DAEE, cerca de R$ 46,75 milhões à Manikraft pela desapropriação.
ESTRÉIA
A MPM fará hoje a estréia
de um novo anunciante, a
Quattor, empresa petroquímica brasileira fruto da
união da Unipar e da Petrobras. A campanha chega à
mídia nacional com filmes,
anúncios, spots de rádio e
mídia exterior.
CADEIRAS
Alcides de Souza Amaral,
ex-presidente do Citibank
no Brasil, é o novo membro
do Conselho de Administração do Bicbanco. A instituição também aprovou a promoção do diretor-executivo,
Paulo Celso Del Ciampo, a
vice-presidente-executivo.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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