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Metalúrgicos farão ato
na frente de consulado
DA REPORTAGEM LOCAL
Os metalúrgicos da Força Sindical fizeram ontem paralisações
parciais em três empresas de São
Paulo -envolvendo cerca de
2.700 trabalhadores no total- e
planejam para amanhã um protesto em frente ao consulado argentino, na avenida Paulista.
A central deve procurar a CUT
(Central Única dos Trabalhadores) para propor a realização de
manifestações em conjunto em
todo o país, caso as barreiras impostas pela Argentina aos produtos brasileiros na semana passada
não sejam resolvidas.
O Sindicato dos Metalúrgicos
de São Paulo informou que as paralisações de ontem -nas unidades da Multibrás, BSH Continental e CCE- duraram entre uma e
duas horas. Segundo as empresas,
a produção não foi afetada.
"Para defender os empregos,
vamos até dançar um tango em
frente ao consulado. O governo
tem de tomar rapidamente uma
atitude. Não dá para esperar as
demissões começarem", disse
Eleno Bezerra, presidente do sindicato. Na Multibrás (zona sul),
100 dos 758 empregados estão envolvidos na produção mensal de
15 mil fogões para exportação, segundo o sindicato. Na BSH Continental, cerca de cem funcionários
do setor de máquinas de lavar
-exportadas para a Argentina-
estão com empregos ameaçados.
"Os trabalhadores têm todo o
direito de se manifestar. Mas não
há nem um prego sequer [na unidade da zona norte] exportado
para a Argentina. Os empregos
não estão ameaçados. Fazer protesto em frente ao consulado só
vai criar um clima de animosidade desnecessário", disse Synésio
Batista da Costa, vice-presidente
de relações institucionais da CCE.
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