São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2004

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Metalúrgicos farão ato na frente de consulado

DA REPORTAGEM LOCAL

Os metalúrgicos da Força Sindical fizeram ontem paralisações parciais em três empresas de São Paulo -envolvendo cerca de 2.700 trabalhadores no total- e planejam para amanhã um protesto em frente ao consulado argentino, na avenida Paulista.
A central deve procurar a CUT (Central Única dos Trabalhadores) para propor a realização de manifestações em conjunto em todo o país, caso as barreiras impostas pela Argentina aos produtos brasileiros na semana passada não sejam resolvidas.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo informou que as paralisações de ontem -nas unidades da Multibrás, BSH Continental e CCE- duraram entre uma e duas horas. Segundo as empresas, a produção não foi afetada.
"Para defender os empregos, vamos até dançar um tango em frente ao consulado. O governo tem de tomar rapidamente uma atitude. Não dá para esperar as demissões começarem", disse Eleno Bezerra, presidente do sindicato. Na Multibrás (zona sul), 100 dos 758 empregados estão envolvidos na produção mensal de 15 mil fogões para exportação, segundo o sindicato. Na BSH Continental, cerca de cem funcionários do setor de máquinas de lavar -exportadas para a Argentina- estão com empregos ameaçados.
"Os trabalhadores têm todo o direito de se manifestar. Mas não há nem um prego sequer [na unidade da zona norte] exportado para a Argentina. Os empregos não estão ameaçados. Fazer protesto em frente ao consulado só vai criar um clima de animosidade desnecessário", disse Synésio Batista da Costa, vice-presidente de relações institucionais da CCE.


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