São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2004

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Empresa lucrará mais, diz Meirelles

ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem que as margens de lucros das empresas no Brasil estão crescendo. O comentário foi feito em resposta a reportagem da Folha de domingo, segundo a qual nos últimos nove anos o rendimento em aplicações financeiras, mesmo conservadoras, superou em mais de quatro vezes o desempenho obtido por meio de investimento no setor produtivo.
De 1995 a 2003, o rendimento médio anual dos fundos DI foi de 18,3%, e a rentabilidade média das empresas de capital aberto não-financeiras ficou em 3,6%.
Para Meirelles, o país está crescendo, por isso a margem de lucro das empresas subirá. Segundo ele, não basta olhar só os últimos dez anos, mas ver que "os próximos dez anos serão melhores".
O presidente do BC disse que o investimento direto irá reagir com a melhora das condições, "não só ao crescimento [do Brasil] mas também à diminuição das incertezas mundiais".
Meirelles também disse que o ambiente econômico está mais sólido no Brasil, o que facilita o acesso a um crédito mais baixo.
Para Meirelles, o Brasil passa por um "momento de recuperação liderado por um processo de flexibilização da política monetária" e lembrou dados sobre o crescimento industrial divulgados na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Segundo o IBGE, a produção da indústria atingiu em maio o maior nível desde 1991. A CNI, por sua vez, detectou no mesmo mês nível recorde de 82,52% da capacidade instalada -o maior desde 1992.

Cooperativa
O presidente do BC participou do lançamento do Projeto de Cooperativa de Crédito Industrial da Fiesp/Ciesp, em São Paulo.
A expectativa é que as taxas oferecidas nesse sistema fiquem até 30% menores do que a média praticada pelos bancos.
Inicialmente, três cooperativas irão financiar a produção de micro e pequenas empresas ligadas a um mesmo sindicato ou associação patronal existente há pelo menos três anos.


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