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Empresa lucrará mais, diz Meirelles
ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE
O presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, disse ontem
que as margens de lucros das empresas no Brasil estão crescendo.
O comentário foi feito em resposta a reportagem da Folha de domingo, segundo a qual nos últimos nove anos o rendimento em
aplicações financeiras, mesmo
conservadoras, superou em mais
de quatro vezes o desempenho
obtido por meio de investimento
no setor produtivo.
De 1995 a 2003, o rendimento
médio anual dos fundos DI foi de
18,3%, e a rentabilidade média das
empresas de capital aberto não-financeiras ficou em 3,6%.
Para Meirelles, o país está crescendo, por isso a margem de lucro
das empresas subirá. Segundo ele,
não basta olhar só os últimos dez
anos, mas ver que "os próximos
dez anos serão melhores".
O presidente do BC disse que o
investimento direto irá reagir
com a melhora das condições,
"não só ao crescimento [do Brasil] mas também à diminuição
das incertezas mundiais".
Meirelles também disse que o
ambiente econômico está mais
sólido no Brasil, o que facilita o
acesso a um crédito mais baixo.
Para Meirelles, o Brasil passa
por um "momento de recuperação liderado por um processo de
flexibilização da política monetária" e lembrou dados sobre o crescimento industrial divulgados na
semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Segundo o IBGE, a produção da
indústria atingiu em maio o
maior nível desde 1991. A CNI,
por sua vez, detectou no mesmo
mês nível recorde de 82,52% da
capacidade instalada -o maior
desde 1992.
Cooperativa
O presidente do BC participou
do lançamento do Projeto de
Cooperativa de Crédito Industrial
da Fiesp/Ciesp, em São Paulo.
A expectativa é que as taxas oferecidas nesse sistema fiquem até
30% menores do que a média praticada pelos bancos.
Inicialmente, três cooperativas
irão financiar a produção de micro e pequenas empresas ligadas a
um mesmo sindicato ou associação patronal existente há pelo menos três anos.
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