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Empresa inicia licitação de petroleiro
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Às vésperas da troca de comando na Petrobras, a subsidiária
Transpetro anunciou ontem a habilitação de quatro consórcios para disputar a licitação para a construção de 42 petroleiros, avaliada
em US$ 1,9 bilhão.
Foram classificados os consórcios Camargo Corrêa/Andrade
Gutierrez Naval, Rio Naval (dos
grupos Sermetal, Eisa e MPE), Rio
Grande (Aker e Queiroz Galvão) e
o Estaleiro Rio Grande (RS). Desses quatros, apenas o Rio Naval
possui estaleiro já instalado. Os
outros são os chamados "estaleiros virtuais", cujas bases ainda serão montadas, o que pode levar
até 15 meses.
Essa modalidade está prevista
no edital e foi alvo de críticas de
estaleiros já instalados e do governo do Estado do Rio, onde se concentra a indústria naval do país.
"Tal medida é de flagrante agressão contra a economia e as empresas existentes no Estado", afirmou em nota a Secretaria de
Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio.
Sete consócios não foram habilitados para participar da licitação, que se dará por meio de carta-convite a ser enviada aos que
foram selecionados. Desses, quatro têm base no Rio.
Logo após a divulgação do resultado, porém, o presidente da
Transpetro, Sérgio Machado, divulgou uma nota, na qual informou que a diretoria da empresa
se reunirá hoje para "avaliar os
impactos e discutir a possibilidade de ampliar a lista de pré-qualificados" a participar da licitação.
Os grupos que não foram pré-qualificados tem até o dia 28 para
recorrer. Mas o diretor do comercial do estaleiro Mauá-Jurong, José Roberto Simas, um dos desabilitados, disse que vai aguardar a
decisão da diretoria.
Pelas regras da licitação, todos
os navios têm de ser construídos
no país e 65% dos materiais e serviços têm de ser comprados de
empresas no país. A nacionalização foi uma das principais bandeiras da atual gestão do presidente da Petrobras, José Eduardo
Dutra, que sairá para se candidatar ao Senado por Sergipe.
Na pré-qualificação, foram avaliadas as propostas técnicas dos
grupos e a situação econômico-financeiras deles.
Os primeiros 22 petroleiros devem estar prontos entre 2007 e
2010. Essa é a primeira concorrência para a compra de navios de
grande porte realizada no Brasil
desde 1988 e a maior de toda a história da companhia.
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