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Mercado Aberto
Guilherme Barros - guilherme.barros@uol.com.br
"Não somos aproveitadores", afirma presidente da TAM
O desequilíbrio que existe
hoje de oferta e de procura de
vôos no mercado brasileiro de
aviação, provocado pela crise
da Varig, só deverá se normalizar a partir de 21 de setembro,
com a primavera. Até lá, o passageiro ainda terá de conviver
com alguns transtornos.
A previsão é do presidente da
TAM, Marco Antonio Bologna,
ao comentar as críticas recebidas pela empresa de ter aproveitado a crise da Varig para aumentar os preços das tarifas.
Ele diz que a TAM não elevou
os preços, apesar de admitir
que o passageiro ficou com essa
sensação. "A imagem do setor
ficou muito ruim, mas não somos aproveitadores", diz.
Segundo Bologna, o grande
problema ocorreu em julho. Os
cancelamentos de vôos da Varig -a companhia tirou 32% de
sua oferta no mercado doméstico e 29,6% no internacional-
fizeram com que os serviços ficassem muito concentrados na
TAM e na Gol. Como a procura
já estava crescente, em julho
ocorreu uma explosão.
Bologna explica que os passageiros só conseguiram comprar
os bilhetes com as tarifas mais
caras, já que as promocionais se
esgotaram rapidamente. A
TAM voou em julho com 82%
de aproveitamento nos vôos do
mercado doméstico, recorde
histórico para a companhia.
De acordo com Bologna, esse
recorde não o deixa feliz, já que
significa que, em muitos vôos,
passageiros tiveram que ficar
no chão. O ideal, segundo ele, é
que as companhias trabalhem
com 70% a 75% de aproveitamento nos vôos, mas essa média só deverá ser atingida na
primavera, quando as empresas terão recebido mais aviões.
A TAM, que possuía, em 30
de junho, 86 aviões, recebeu
mais dois e, até o fim do ano, receberá mais oito. A Gol está recebendo dois aviões por mês e
fecha o ano com uma frota de
62. A Varig chegou a trabalhar
com seis aviões e anunciou na
semana passada que irá voltar a
operar com 18. "Tudo isso vai
levar a um reequilíbrio da oferta e da demanda", diz Bologna.
"Em 60 dias, a percepção do
consumidor será de preços
mais competitivos."
Bologna diz que, nesse período, o estresse aeroportuário
também diminuirá. A Infraero
deve implementar, nas próximas semanas, uma nova distribuição dos balcões de check-in.
A TAM está pleiteando mais
seis posições em Congonhas,
dez em Guarulhos e três no Galeão, além de outras em Manaus e em Salvador.
saiba mais
Laudo sobre incidente sai em até 90 dias
O presidente da TAM,
Marco Antonio Bologna, diz
que o laudo sobre o incidente
da queda da porta da frente
de um avião Fokker-100 da
companhia deve sair nos
próximos 90 dias.
Segundo ele, o laudo detectará se houve uma falha
mecânica ou uma falha na
operação. Bologna informou,
no entanto, que não há indícios fortes de falha mecânica.
Bologna afirmou que, em
razão do incidente, a TAM já
tomou todas as providências
necessárias de segurança para verificar o funcionamento
de todos os equipamentos,
principalmente as portas dos
aviões. "Estamos seguros do
nosso equipamento", diz.
Ele considerou o incidente
grave, mas não quis antecipar as possíveis causas, embora especule-se no mercado
que o problema tenha acontecido nas travas da porta.
Segundo o presidente, a
TAM agirá com o máximo de
transparência no caso, a
exemplo do que aconteceu
há dez anos, em 1996, quando outro Fokker-100 da empresa, no famoso vôo 402,
caiu perto de Congonhas e
matou 99 pessoas.
Até 2008, a TAM já anunciou que substituirá toda a
frota de Fokker-100 por
aviões mais modernos. Segundo ele, a decisão foi tomada antes do incidente, em
junho. A idéia é se equipar
com uma frota mais moderna para operar com custo
mais baixo e ser mais competitiva no mercado.
Bologna reconhece, no entanto, o fato de a TAM ter ficado marcada como a companhia do Fokker-100. "A
história da TAM foi muito
feita com o equipamento."
PARCERIA COSTURADA
O negócio nasceu no ateliê, onde o estilista Ricardo Almeida contou ao empresário José Carlos Semenzato, da Microlins, que sonhava em criar uma faculdade que fosse referência mundial em moda. De sonho para a criação de sua versão
adaptada, uma escola profissionalizante de corte e costura,
na região leste de São Paulo, foram apenas alguns meses.
Agora, os dois parceiros fecham os últimos pontos para a
abertura do Instituto Ricardo Almeida em março de 2007.
"Teremos módulos de seis meses e esperamos formar 500
alunos na primeira turma", diz Semenzato. "Não é um projeto de glamour. É trabalho. Vamos dar condições para a pessoa se empregar", afirma Almeida.
LUXO NACIONAL
O consultor de negócios
Carlos Ferreirinha, especialista no segmento de luxo,
participa da segunda edição
do Fórum de Marketing de
Curitiba, no UnicenP. Na
palestra, Ferreirinha deve
falar sobre a inserção de produtos e marcas de luxo no
mercado brasileiro. Segundo o consultor, o Brasil é responsável por US$ 2,2 bilhões dos US$ 210 bilhões
movimentados pelo mercado de luxo em todo o mundo.
TINO BRASILEIRO
Os executivos brasileiros
têm atraído o mercado internacional. Empresas de
recrutamento de executivos
para alta direção têm procurado talentos do Brasil para
trabalhar em companhias da
Ásia, Europa, América do
Norte e África. A Fesa Global
Recruiters foi procurada por
organizações do México Itália e Portugal. Já a consultoria britânica Michael Page
passou a recrutar talentos
para a Suíça e Mônaco. Além
das especificações técnicas,
o candidato precisa ter cidadania européia e fluência em
inglês, francês e alemão.
TURISMO
Walfrido dos Mares Guia,
ministro do Turismo, é o
convidado do seminário Lide (Grupo de Líderes Empresariais), no dia 21, em São
Paulo. A convite de João Dória Jr., ele falará a 300 empresários.
EUROPA
A ESPM lança, na terça-feira, seu novo curso de graduação em relações internacionais, que começa a partir
de 2007. Durante o lançamento, será apresentada palestra com o professor da
Universidade Antonio de
Nebrija, na Espanha, David
Cohén Vahnón, sobre os desafios e as oportunidades de
negócios internacionais
com a Europa. O evento será
realizado no campus Rodolfo Lima Martensen, na Vila
Mariana, em São Paulo.
BLACK LABEL
A LG Electronics investiu
US$ 5 milhões em marketing para lançar no Brasil o
Black Label Series, com dois
modelos de celular, o Chocolate e o Black Safira, com
tela LCD invisível, MP3 e câmera. Em 2005, quando foi
lançado na Coréia do Sul, o
Chocolate vendeu cerca de
400 mil unidades.
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