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Bolsa cai 0,4% após ações da Petrobras perderem fôlego
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa operou ontem em
alta até a última hora de pregão.
Mas, com a perda de fôlego das
ações da Petrobras no fim do
dia, a Bolsa de Valores de São
Paulo acabou por encerrar em
baixa, de 0,40%.
A queda de ontem mantém a
Bovespa em seu menor nível
desde janeiro, aos 54.502 pontos. No mês, as perdas somam
8,41%, e, no ano, 14,69%.
Nos EUA, o setor bancário
voltou a comandar o mau humor do mercado. O índice Dow
Jones registrou no fim do pregão depreciação de 1,19%.
O pessimismo com o segmento foi detonado por um comunicado do JPMorgan Chase,
no qual informou a possibilidade de ter de assumir mais perdas decorrentes da crise de crédito imobiliário, detonada no
ano passado.
As ações do banco tiveram
queda expressiva de 9,48% e
puxaram outros papéis do setor: Bank of America perdeu
6,74%; Citigroup recuou
6,46%; e Morgan Stanley teve
baixa de 6,37%.
Na Europa, onde o suíço UBS
anunciou prejuízo trimestral
superior a US$ 300 milhões, as
Bolsas também caíram. Em
Frankfurt, a baixa foi de 0,36%,
e, em Londres, de 0,13%.
Na Bovespa, mesmo com os
lucros bilionários do setor, os
bancos acabaram seguindo
seus pares internacionais e terminaram ontem em queda. Entre as maiores instituições financeiras, destaque para as
baixas de Banco do Brasil ON
(-3,41%), Unibanco UNT (-1,38%) e Bradesco PN (-1,29%).
As ações da Petrobras, embaladas pelo resultado mais forte
que o esperado, encerraram em
alta, apesar da queda do barril
de petróleo no exterior. Vendido a US$ 113,01 em Nova York,
o petróleo terminou as operações com queda de 1,26%.
Depois de alcançarem valorização de mais de 3% no começo
do pregão, as ações da Petrobras perderam ímpeto com a
depreciação do petróleo. No
fim das negociações, a ação preferencial da Petrobras registrava valorização de 1,13%, e a ordinária, de 0,85%.
O setor siderúrgico, para o
qual o desempenho das commodities no exterior é bastante
relevante, terminou mais um
pregão com perdas. Destacaram-se as quedas sofridas por
Gerdau PN (-3,07%), Usiminas
PNA (-3,03%), CSN ON (-2,49%) e Vale ON (-0,57%).
Dólar em alta
O mercado de câmbio viveu o
seu sétimo dia de apreciação do
dólar diante do real. A moeda
americana subiu 0,56%, para
R$ 1,625, o que levou a valorização da divisa acumulada no
mês para expressivos 3,97%.
No ano, a queda acumulada pelo dólar ainda é elevada, de
8,55%. Com o cenário atual de
queda das commodities e apreciação do dólar no exterior, os
investidores estrangeiros alteraram as posições de seus contratos no mercado futuro, passando a apostar no fortalecimento do dólar diante do real.
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