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Múlti é alvo de ação por contratar chineses
Ministério Público questiona mão-de-obra estrangeira; funcionários são especializados, diz empresa
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério Público do Trabalho no Rio entrou ontem
com ação civil pública para limitar o uso de trabalhadores
chineses na construção da CSA
(Companhia Siderúrgica do
Atlântico). A ação tem como alvo a ThyssenKrupp, responsável pelo projeto, a Citic Cooperação Internacional do Brasil
Consultoria de Projetos Ltda. e
a Citic Group, contratadas para
as obras da coqueria do complexo siderúrgico.
Segundo o procurador Rodrigo Carelli, fiscalização no local
encontrou cerca de 120 chineses trabalhando como pedreiros. A contratação de mão-de-obra estrangeira só é permitida
quando não há pessoal qualificado para a função no país ou
quando há transferência de tecnologia. Ele pede a saída imediata dos trabalhadores e o pagamento de R$ 40 milhões por
danos morais coletivos.
Segundo Carelli, alguns funcionários estavam eram engenheiros, mas os demais estavam "assentando tijolos".
Com investimento total de
cerca de 3,7 bilhões, a CSA será composta por uma usina
com capacidade de produção
de 5 milhões de toneladas de
placas de aço ao ano, uma usina
termelétrica de 490 MW e um
terminal portuário. A previsão
é que o complexo entre em
operação em 2009.
Outro lado
Em nota, a Thyssen afirmou
que a utilização de trabalhadores chineses na construção da
coqueria obedece "rigorosamente" à legislação brasileira.
"Os profissionais chineses somente foram requisitados pela
Citic devido à falta de trabalhadores nacionais qualificados
para a realização do serviço. A
última coqueria montada no
Brasil data de mais de 30 anos."
Segundo a empresa, a coqueria tem 356 tipos diferentes de
formatos de tijolos, distribuídos em nove grupos de composições químicas distintas. São
usados quatro tipos de argamassa de média e alta temperatura, fibras de cerâmicas de dilatação e módulos de compactos de fibra cerâmica.
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