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Gol pretende eliminar sobreposição de rotas
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou que espera obter até o final do terceiro trimestre a
aprovação da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) para
o pedido de junção de Gol e Varig em uma única companhia,
mas com marcas diferentes. Segundo Oliveira Júnior, uma das
providências que serão tomadas é a eliminação da sobreposição de rotas das companhias
em destinos menos rentáveis.
"Estamos há mais de um ano
oferecendo a opção da Varig como serviço premium. A demanda tem reagido de maneira
muito clara em alguns mercados. Em outros, nem tanto. Em
alguns casos, o consumidor
quer o diferencial, mas não está
disposto a pagar por isso. Esses
pontos farão parte da nossa
análise", disse. Na prática, a
medida significa menos opção
para o passageiro nas rotas consideradas menos rentáveis.
Oliveira Júnior reconheceu
que a junção deverá resultar
em menor participação de mercado. Segundo ele, o foco hoje é
recuperar a rentabilidade.
A Gol estimou em R$ 180 milhões os ganhos com a reestruturação das empresas, com a
integração dos conjuntos das
rotas de Gol e Varig, o uso comum de estoque e peças de reposição, a integração do sistema de venda de passagens e
com a possibilidade de usar
aviões da Gol para operar trechos da Varig e vice-versa.
O presidente da Gol evitou
dar detalhes sobre as mudanças
no funcionamento das duas
empresas, como o uso das milhas do programa Smiles e a padronização de balcões nos aeroportos, mas afirmou que ela
informará os clientes assim que
obtiver a autorização do órgão
regulador. Segundo ele, já está
definido que as duas marcas serão mantidas. Além disso, ele
afirmou que um passageiro
com bilhete Varig poderá viajar
em vôo da Gol se assim preferir.
Oliveira Júnior negou que estaria sendo pressionado para
deixar a presidência da Gol:
"Não estou sabendo de absolutamente nada. A gente tem trabalhado o dobro do tempo normal. Se existe alguma possibilidade, não estou sabendo".
Segundo analistas, as empresas de baixo custo e baixa tarifa
têm sido especialmente punidas pela alta no preço do combustível porque têm menos
margem para cortar custos e
também não podem elevar de
forma expressiva o preço dos
bilhetes sob o risco de se equiparar à tarifa das empresas que
oferecem serviço diferenciado.
"A Gol não tem muito onde
espremer e também não pode
aumentar muito o preço", diz
Caio Dias, do Santander.
(JL)
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