São Paulo, Sexta-feira, 13 de Agosto de 1999
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COMBUSTÍVEL
Pratini de Moraes afirmou que o aumento da proporção de álcool na mistura vai gerar empregos
Ministro defende mais álcool na gasolina

da Sucursal de Brasília

O ministro Pratini de Moraes (Agricultura) defendeu ontem o aumento da proporção do álcool misturado à gasolina e a adoção da mistura no óleo diesel.
Durante encontro de líderes do PPB com o presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro afirmou que a medida irá gerar empregos com o fortalecimento do setor sucroalcooleiro.
O porta-voz da Presidência, Georges Lamazière, disse que a proposta já está sendo estudada há algum tempo por técnicos do Ministério da Agricultura.
O governo previa o aumento da mistura do álcool anidro à gasolina de 24% para 26% para o final de julho, conforme declarou à Folha, há dois meses, o ex-secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Bolívar Moura Rocha.
A mistura de 3% do álcool ao óleo diesel, combustível de caminhões e de ônibus, estava prevista apenas para dezembro deste ano. Por enquanto, essa composição vem sendo utilizada experimentalmente em Curitiba (PR).
A elevação da proporção do álcool na gasolina seria a décima medida tomada pelo governo para beneficiar o setor sucroalcooleiro, que se vê mergulhado em uma crise de superprodução desde o ano passado. O estoque atual é suficiente para cerca de dois meses de consumo no país.
A medida já conta com os avais técnicos da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que asseguraram que não haverá danos aos carros em circulação.
Entretanto, ainda é necessária a decisão final do Cima (Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool), cuja condução passou do Ministério do Desenvolvimento para o Ministério da Agricultura desde a reforma ministerial de julho.
Em junho de 1998, a proporção do álcool anidro na gasolina aumentou de 22% para 24%, com a justificativa de que os elevados estoques poderiam levar os usineiros, principalmente os do Nordeste, a paralisar a produção.


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