DA REPORTAGEM LOCAL

O consumidor deve chegar ao Dia das Crianças e ao Natal menos endividado, já que a baixa atividade econômica nos primeiros sete meses do ano provocou uma verdadeira corrida para a regularização de pendências.
A informação é da Serasa (Centralização de Serviços Bancários), que realizou um levantamento que mostra que 73% das pessoas físicas e jurídicas que ficaram inadimplentes no período quitaram suas dívidas. Nos mesmos meses de 2002, o índice foi de 45%.
Segundo Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa, o aumento do desemprego, a queda na renda e a retração da economia fizeram com que os devedores preferissem quitar ou renegociar suas dívidas a contrair novos empréstimos.
O lado negativo, diz Almeida, é que esse foi um dos fatores que causaram a retração no consumo neste ano: "Com pouca gente comprando, muitas redes varejistas alongaram os prazos de parcelamento para atrair o consumo, o que fez crescer o endividamento".
De acordo com o assessor, esse movimento de alongamento de prazos deve acontecer também no final do ano, já que a renda real do trabalhador não reagiu, o que reprime o consumo. "A consequência disso pode ser nova alta da inadimplência em 2004", diz.
Os picos de regularização de pendências aconteceram em janeiro e julho. A Serasa não divulgou os índices mês a mês.
Conforme a entidade, 54% da inadimplência do mês de julho foi de cheques sem fundos. Em seguida vêm dívidas com bancos (21%), protestos (15%), cartões de crédito (9%) e falências (1%).


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