DA REDAÇÃO

O crescimento da Companhia Siderúrgica Nacional na mineração é mais um ingrediente na disputa com a Vale em torno da mina de Casa de Pedra, em Congonhas (MG). Na década passada, a Vale se tornou sócia da CSN quando a empresa foi privatizada. Mais tarde, a agora privatizada CSN se tornou sócia da Vale, quando ela deixou de ser estatal. As duas contrataram partilha do minério de Casa de Pedra.
Há três anos, quando terminaram as sociedades, a CSN considerou que o trato havia acabado. Desde então, com respaldo de uma decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a siderúrgica comercializa o excedente de minério que não usa em sua produção. A Vale entrou com ação em que pede indenização. Alega que a preferência estava em contrato.
Se a siderúrgica CSN se torna cada vez mais mineradora, a mineradora Vale avança cada vez mais no seu perfil siderúrgico.
No mês passado, a Vale anunciou a intenção de investir em nova usina em Marabá (PA), com capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas métricas de aço semi-acabado.
O valor estimado do investimento é de US$ 3,3 bilhões. O início da operação está previsto para 2013.
No primeiro semestre deste ano, a produção de minério de ferro da Vale, líder mundial do produto, somou 152,5 milhões de toneladas, mais do que o dobro do que a CSN pretende produzir anualmente da mina de Casa de Pedra a partir de 2012.


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