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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
BID deve rever teto de crédito a empresas
O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) pretende incluir no pacote de reformas a serem implementadas
no começo do ano que vem a revisão do limite para os financiamentos concedidos a empresas
privadas, hoje atualmente em
10% do total de recursos disponíveis para cada nação-membro, diz Roberto Vellutini, vice-presidente de países da instituição. Essa é uma das principais demandas do Brasil nas
conversas sobre as melhorias
de que a instituição internacional de fomento precisa.
"Acho que é razoável, pois o
país tem um setor privado muito dinâmico", afirma Vellutini.
"A ideia é estudar essa determinação caso a caso em vez de
aplicar 10% para todo mundo.
Entretanto, não podemos fazê-lo sem ter um modelo de adequação do capital, de como manejar os riscos de emprestar para companhias particulares. Se
de fato conseguirmos alavancar
os recursos do BID, o banco pode ser um parceiro muito importante a apoiar o setor privado brasileiro."
Assim, a mudança sairia junto com a recapitalização do
banco, que o BID espera ter encaminhado razoavelmente até
a sua próxima reunião anual,
entre março e abril de 2010.
Segundo Vellutini, uma nova
injeção de recursos na instituição se faz necessária porque,
antes da crise, já havia a previsão de que a demanda por empréstimos em pouco tempo superaria US$ 15 bilhões por ano,
contra os R$ 8 bilhões de 2005.
"Do orçamento para quatro
anos, concentramos o volume
de aprovações neste -foram
US$ 16,5 bilhões, ou quase 50%
do que estava previsto para todo o período. Até 2010, chegaremos a 80% desse total. É óbvio que isso reduz a capacidade
do banco, porém tomamos uma
decisão necessária", diz o vice-presidente do BID. "O crescimento dos pedidos vai ser
maior ainda no pós-crise, porque as fontes alternativas de financiamento que existiam antes demorarão a voltar."
Na sua estimativa, são necessários de US$ 80 bilhões a US$
150 bilhões. Neste momento, as
discussões entre os membros
giram justamente em torno do
tamanho do aporte.
COFRE
A quem percebeu a presença de novas máquinas para emissão de notas fiscais
nos caixas dos restaurantes,
a Secretaria da Fazenda do
Estado confirma: o setor foi
o que teve a maior alta da arrecadação de impostos com
o programa Nota Fiscal Paulista, de 38,6%. No total geral, já descontados prêmios e
reembolsos, o recolhimento
subiu mais de R$ 1 bilhão.
VETO
A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil enviará
uma carta ao presidente Lula para pedir que a redução
da jornada de trabalho de 44
horas semanais para 40 horas não seja aprovada. A medida onera em 10% a folha de
pagamento, segundo a entidade. A carta será divulgada
hoje, em congresso da associação, no Guarujá (SP).
É FÁCIL VIVER NO MAR
Os veículos náuticos estão mais acessíveis. Para adquirir um, agora pode-se fazer um consórcio em até
cem meses. Uma carta de crédito de R$ 15 mil para
comprar um jet-ski tem parcelas de cerca de R$ 200
na Racon Consórcios. "Ainda se pensa que ter um barco é luxo, por isso os financiamentos são impeditivos",
diz o advogado de Florianópolis Aluísio Dobes, que
pretende usar o consórcio para trocar a sua lancha.
Construtoras se unem para evitar guerra de preço de material
Um grupo de construtoras
formou uma associação que negocia com fornecedores melhores condições de pagamento e
entrega de produtos para os associados. O principal objetivo é
evitar a guerra de preço que o
aumento da demanda do setor
pode provocar.
A CompraCon (Associação
de Compras da Construção Civil no Estado de São Paulo) será
lançada apenas em novembro,
mas já assinou cinco convênios
com fornecedores.
O acordo que o grupo fez com
a Portinari/Cecrisa, de cerâmica, por exemplo, proporcionará
aos associados descontos entre
5% e 23% na compra de produtos, segundo afirma o presidente da CompraCon, Alexandre
de Oliveira.
Hoje a CompraCon soma 37
associadas, todas da diretoria
do SindusCon-SP. A entidade
aceita novos membros, desde
que sejam sindicalizados. A
meta de Oliveira é incluir as
1.200 integrantes do SindusCon-SP no quadro de associados da CompraCom.
BRASIL EM ILLINOIS 1
Em tempos de vacas magras para a academia, o campus de Urbana-Champaign
da Universidade de Illinois
comemora os US$ 14 milhões que ganhou para abrir
seu primeiro centro de estudos brasileiros. A doação
vem do empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann, que
empresta o sobrenome ao
novo Lemann Institute for
Brazilian Studies.
BRASIL EM ILLINOIS 2
A inauguração será na
quinta-feira, dia 15, com a
presença, entre outros, da
governadora gaúcha Yeda
Crusius e do senador cearense Tasso Jereissati, ambos
do PSDB. Lemann é o 92º colocado na lista dos bilionários da revista "Forbes", que
estima sua fortuna em US$
5,3 bilhões. O carioca já banca uma bolsa com seu nome
na Universidade Harvard.
com DENYSE GODOY, JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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