da Reportagem Local

O dólar comercial encerrou a semana em alta. Nos cinco dias de negócios, em quatro houve elevação do valor da moeda. No único dia em que o dólar caiu, foi graças à intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.
A moeda fechou a semana cotada a R$ 1,935 para venda. Em relação a sexta-feira da semana passada, a alta é de 0,73%. No mês, entretanto, há uma queda acumulada de 0,77%.
O dólar chegou a cair por seis dias seguidos, após o BC anunciar, no final de outubro, que havia revido uma das metas com o FMI (Fundo Monetário Internacional), ampliando em US$ 2 bilhões sua capacidade de intervir no mercado.
Nesta semana, porém, houve uma turbulência forte diante da divulgação de índices de inflação em alta. Se os preços mantiverem a subida, o governo terá mais dificuldades para diminuir os juros, tornando mais difícil o caminho para a retomada do crescimento econômico.
A semana concentrou também boa parte dos vencimentos de dívidas no exterior. Para evitar os feriados de dezembro, algumas operações do próximo mês foram antecipadas.
Para coroar o fechamento da semana, os bancos procuraram dólares para manter uma proteção (hedge) em moeda norte-americana durante o feriado de segunda-feira.
Na terça acontece a reunião do Fed (banco central dos EUA), que pode optar por uma subida de juros no país. Enquanto aguardam a decisão, os bancos preferiram manter suas posições "compradas" (com dólares no estoque).
A pressão compradora foi mais forte no período da manhã, quando o dólar chegou a bater em R$ 1,94 (pico do dia). Segundo operadores, houve uma sondagem do humor do mercado por parte de técnicos do BC, mas não aconteceu nenhum tipo de intervenção.
A Bolsa de Valores de São Paulo registrou queda de 0,57% e volume menor do que a média da semana. Os investidores preferiram utilizar a véspera do feriado para liquidar posições, vendendo papéis e embolsando o lucro obtido nos últimos dias.
(MARCELO DIEGO)


Texto Anterior: Comércio: Pão de Açúcar tem lucro de R$ 40,5 mi
Próximo Texto: Conjuntura: Inflação não vai voltar, afirma Malan
Índice