Intervir no câmbio seria um desastre, diz Nathan Blanche

A idéia de intervir no mercado para frear a queda do dólar, em discussão na equipe econômica do governo, pode ter um efeito desastroso na economia, segundo o empresário Nathan Blanche, sócio da Tendências e um dos maiores especialistas em câmbio do país.
Ontem, Guido Mantega (Fazenda) não foi tão enfático ao negar que o governo estude a adoção de medidas intervencionistas no câmbio. Ele deixou uma porta aberta ao dizer que, se houver necessidade, tais medidas podem ser tomadas.
De acordo com Nathan Blanche, se o governo adotar medidas como o controle cambial ou a taxação sobre as exportações, em um primeiro momento o dólar evidentemente irá subir, mas, ao mesmo tempo, gerar um efeito bastante negativo sobre a economia. A inflação vai aumentar e o Banco Central será obrigado a elevar os juros.
Na opinião de Nathan, o governo só tem uma saída para tentar conter a queda do dólar, que é promover uma abertura maior da economia. O Brasil é um dos países mais fechados do mundo.
Enquanto o fluxo do comércio exterior do Brasil (exportações mais importações) soma 21% do PIB, a média dos países emergentes está na casa de 50% do PIB. Na Rússia, por exemplo, o fluxo é de 48% do PIB, na China, de 67%, no México, 60%, e na Coréia, 71%.
Segundo Nathan Blanche, se for adotado, por exemplo, um imposto sobre a exportação, o governo não estará apenas punindo as empresas eficientes como estará prejudicando setores como o sucroalcooleiro e o de aviação.
Entre as medidas liberalizantes, o empresário sugere a eliminação de restrições à abertura de contas no exterior para pessoas físicas e jurídicas, a equalização dos tributos incidentes sobre as aplicações financeiras e sobre o mercado de capitais e de derivativos e o fim da obrigatoriedade do exportador e importador de fechamento do contrato de câmbio.

Após renúncia, Prince terá bônus do Citigroup

Apesar de ter renunciado ao cargo de CEO do Citigroup sob fortes pressões dos acionistas que o responsabilizaram pela má fase do banco, Charles Prince deve receber um bônus considerável da instituição, baseado na performance de 2006.
Os valores são baixos se comparados a de outros executivos do banco. Sanford I. Weill, seu predecessor, deixou o banco com US$ 874 milhões em ações e uma pensão de US$ 350 mil.
Philip Purcell deixou o Morgan Stanley, em 2005, com US$ 113 milhões. Stanley O'Neal recebeu US$ 161,5 milhões ao sair do Merrill Lynch.

GÁS ON-LINE

A IBG (Indústria Brasileira de Gases) acaba de adotar o sistema de vendas eletrônicas. "Já percebíamos uma demanda crescente de nossos clientes, especialmente dos mais afastados geograficamente", afirma Newton de Oliveira, presidente da IBG. A expectativa inicial é uma ampliação de 5% no volume de negócios. Para o empresário, o comércio on-line pode evoluir tanto quanto os dos segmentos aéreo e bancário. "Atingiremos o nicho das pequenas e médias empresas, mais carentes de estrutura logística e comercial e que não podem perder tempo com visitas ou com vendedores."

DIRETO E ON-LINE
Daniel Morel, CEO mundial da Wunderman, agência de marketing direto e internet do grupo WPP, visita hoje a unidade brasileira da empresa. Na agenda, estão encontros com clientes e visitas às agências de internet do mercado brasileiro. No país, a empresa vai encerrar o ano com 30% de crescimento sobre 2006, sendo que 60% da receita total vem da área digital.

MATE GELADO
A cervejaria gaúcha Dado Bier lança no final deste mês cerveja produzida com erva-mate. Batizada de Dado Bier Ilex, a bebida, de baixa fermentação e alto teor alcoólico, é a sexta integrante da marca. Os investimentos na pesquisa e no desenvolvimento da bebida giram em torno de R$ 1,3 milhão.

CONTRIBUINTE
O PPI (Programa de Parcelamento Incentivado), que oferece desconto de multa e juros para quem quitar débitos do ICMS, será reaberto em dezembro. O programa da Secretaria da Fazenda paulista, que foi instituído em julho e fechado em setembro, recebeu mais de 206 mil consultas, sendo que mais de 90 mil estavam inadimplentes. O valor arrecadado pelo PPI foi de R$ 6 bilhões, somando 30.500 parcelamentos.

COLOMBIANOS
A Fator Corretora, controlada pelo Banco Fator, será anfitriã hoje de uma missão da BVC (Bolsa de Valores de Colômbia). Juan Pablo Cordoba, presidente da entidade, lidera o grupo de 15 presidentes e diretores de corretoras colombianas. A BVC quer desenvolver o mercado de derivativos na Colômbia. O grupo será recebido pelo presidente do Banco Fator, Manoel Horácio, e pelo diretor-presidente da Fator Corretora, Armenio Gaspar.

CINEMA
A Petrobras e a Warner se preparam para fazer um anúncio de peso. A empresa brasileira vai inserir a sua marca em seqüências de ação de blockbusters produzidos pelos estúdios. O nome do filme ainda é mantido em segredo, mas já se sabe que será uma das maiores produções do próximo ano.

ATACANTE
Levantamento do Ministério do Turismo mostra que a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014 deu ao país exposição grátis na mídia estrangeira. Nos EUA, a divulgação da eleição resultou em exposição na imprensa escrita avaliada em US$ 207 mil em cinco dias.

FERMENTO
A Veris Educacional (Ibmec RJ e BH, IBTA, Inea e Uirapuru) fechará 2007 com 10 mil alunos -quase o dobro de 2006. O plano é usar recursos próprios, financiando as aquisições com a rentabilidade das operações.


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