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Investidor vende ação da Petrobras e leva lucro
Analistas acham que, apesar de queda ontem, tendência é de valorização
Descoberta de megacampo anunciada na quinta-feira
e demanda crescente por energia podem valorizar papéis da empresa
RAQUEL ABRANTES
DA SUCURSAL DO RIO
As ações da Petrobras, as
mais negociadas da Bolsa paulista, caíram ontem refletindo
principalmente o resultado
abaixo do esperado da empresa
no terceiro trimestre, divulgado na sexta-feira após o fechamento do mercado. A estatal
registrou ganhos de R$ 5,5 bilhões no período, contra a expectativa de R$ 7 bilhões.
Também estimulados pela
queda no barril de petróleo, investidores aproveitaram para
vender as ações da empresa e
embolsar os lucros dos últimos
dias, quando o anúncio do megacampo de petróleo e gás de
Tupi, na bacia de Santos, fez os
papéis dispararem. Só na semana passada, as ações da estatal
subiram 17% (ON).
"Também houve queda do
preço do barril do petróleo e
das Bolsas emergentes de forma generalizada. A descoberta
da nova província de Tupi tinha
corrigido o valor das ações da
Petrobras, mas, com o tempo,
os papéis voltam a se correlacionar com o mercado", explicou o analista financeiro Gustavo Barbeito, da Prosper Gestão de Recursos.
Os papéis da Petrobras responderam ontem por R$ 1,743
bilhão ou 26,65% do volume
negociado na Bolsa, de R$ 6,54
bilhões. As ações preferenciais
da empresa terminaram em
baixa de 6,50%, a R$ 76,34, e as
ordinárias (ON, com direito a
voto) caíram 7,19%, a R$ 89,01.
A desvalorização de ontem
foi exagerada, na opinião do
analista de investimentos Denilson Duarte, da Máxima Asset Management. "Como os
mercados caíram bem lá fora,
era normal começar a semana
aqui com desconto nos preços.
A isso junta-se o resultado da
Petrobras abaixo do previsto.
As ações da estatal terão que
encontrar agora um novo patamar", avalia o diretor da Ágora
Corretora, Álvaro Bandeira.
Analistas consultados pela
Folha crêem que os papéis da
estatal voltem a se valorizar até
o final do ano por causa do campo de Tupi e do cenário de forte
demanda mundial por energia
em geral e pelo petróleo.
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