São Paulo, terça-feira, 13 de novembro de 2007

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Investidor vende ação da Petrobras e leva lucro

Analistas acham que, apesar de queda ontem, tendência é de valorização

Descoberta de megacampo anunciada na quinta-feira e demanda crescente por energia podem valorizar papéis da empresa

RAQUEL ABRANTES
DA SUCURSAL DO RIO

As ações da Petrobras, as mais negociadas da Bolsa paulista, caíram ontem refletindo principalmente o resultado abaixo do esperado da empresa no terceiro trimestre, divulgado na sexta-feira após o fechamento do mercado. A estatal registrou ganhos de R$ 5,5 bilhões no período, contra a expectativa de R$ 7 bilhões.
Também estimulados pela queda no barril de petróleo, investidores aproveitaram para vender as ações da empresa e embolsar os lucros dos últimos dias, quando o anúncio do megacampo de petróleo e gás de Tupi, na bacia de Santos, fez os papéis dispararem. Só na semana passada, as ações da estatal subiram 17% (ON).
"Também houve queda do preço do barril do petróleo e das Bolsas emergentes de forma generalizada. A descoberta da nova província de Tupi tinha corrigido o valor das ações da Petrobras, mas, com o tempo, os papéis voltam a se correlacionar com o mercado", explicou o analista financeiro Gustavo Barbeito, da Prosper Gestão de Recursos.
Os papéis da Petrobras responderam ontem por R$ 1,743 bilhão ou 26,65% do volume negociado na Bolsa, de R$ 6,54 bilhões. As ações preferenciais da empresa terminaram em baixa de 6,50%, a R$ 76,34, e as ordinárias (ON, com direito a voto) caíram 7,19%, a R$ 89,01.
A desvalorização de ontem foi exagerada, na opinião do analista de investimentos Denilson Duarte, da Máxima Asset Management. "Como os mercados caíram bem lá fora, era normal começar a semana aqui com desconto nos preços. A isso junta-se o resultado da Petrobras abaixo do previsto. As ações da estatal terão que encontrar agora um novo patamar", avalia o diretor da Ágora Corretora, Álvaro Bandeira.
Analistas consultados pela Folha crêem que os papéis da estatal voltem a se valorizar até o final do ano por causa do campo de Tupi e do cenário de forte demanda mundial por energia em geral e pelo petróleo.


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