DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal decidiu priorizar a votação dos projetos do pré-sal no plenário da Câmara.
Vai começar, na próxima terça, com as propostas menos polêmicas: criação da nova estatal -ainda com o nome provisório de Petro-Sal- e do Fundo Social -que usará os recursos para ações de desenvolvimento regional.
Apesar de ter optado pelas matérias mais fáceis de serem aprovadas, o Planalto vai enfrentar dificuldades porque o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), anunciou que vai obstruir a votação até que entre na pauta da próxima semana o projeto de reajuste para aposentados.
Ainda não há data para apreciar as outras duas propostas do pré-sal -capitalização da Petrobras e novo modelo de exploração-, que dividem até mesmo os governistas, em especial na disputa pela distribuição dos royalties.
Depois de aprovadas na Câmara, elas seguem para o Senado, que deve aprovar o regime de urgência.
A ameaça de obstrução da oposição, contudo, pode atrapalhar os planos do governo, que quer aprovar ainda neste ano as quatro propostas na Câmara.
"Temos um acordo feito em uma reunião dos líderes de votar a partir do dia 10 de novembro, sem obstrução. Espero que a oposição cumpra o acordo", disse o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), sobre a disposição do líder do DEM em criar empecilhos. Ainda assim, Fontana avalia que em 20 dias tudo estará pronto para ir ao Senado.


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