|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Citigroup estuda dividir instituição em duas
DA REDAÇÃO
Um dos símbolos da atual
crise, o Citigroup deve dar fim
ao modelo que adotou desde
1998 e separar a sua problemática unidade de investimento e
financiamento aos consumidores nos EUA das suas operações
de banco comercial global, em
uma tentativa de continuar
funcionando.
Sob forte pressão dos órgãos
reguladores e com prejuízos bilionários, o Citigroup pretende
separar várias unidades que já
não considera mais centrais para o banco, como setores de investimento e de financiamento
de hipotecas de alto risco
("subprime"), segundo pessoas
ligadas às negociações. Ele isolaria as operações que não
apresentam bons resultados
das que continuam fortes.
O primeiro passo para isso foi
a aprovação do acordo com o
Morgan Stanley, em que o Citigroup concordou com a fusão
da sua corretora Smith Barney
com as operações de corretagem do banco rival. Pelo acordo, o Morgan Stanley pagará
US$ 2,7 bilhões e terá 51% das
ações da joint venture, podendo expandir a sua participação
no futuro, ficando, portanto,
com o controle da maior rede
de corretagem dos Estados
Unidos, superando a equipe do
Merrill Lynch, adquirido pelo
Bank of America em 2008.
A decisão, se confirmada,
marcará uma mudança na estratégia adotada pelo banco
desde 1998, quando foi feita a
fusão entre o Citicorp e o Travelers Group. Desde então, ele
visava ser um banco em que o
cliente poderia resolver todas
as necessidades financeiras, de
investimento a seguro.
Em novembro, o governo dos
EUA injetou US$ 20 bilhões no
Citigroup e se comprometeu a
honrar a maior parte de US$
306 bilhões em papéis "podres"
da instituição. Um mês antes,
ele já havia obtido US$ 25 bilhões do governo como parte
do pacote de US$ 700 bilhões
de ajuda aos bancos.
Também ontem, o banco britânico Barclays anunciou a demissão de 2.100 funcionários
de suas unidades de investimento e de administração de
fortunas, em mais um sinal de
que a crise global continua a se
agravar. O corte representa
aproximadamente 7% da força
de trabalho dessas operações,
que até pouco tempo eram altamente lucrativas.
Com "The New York Times" e "Financial Times"
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Comércio exterior chinês tem maior queda desde 99 Índice
|