São Paulo, quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

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Déficit do Brasil com a China aumenta 80%

DE PEQUIM

O déficit comercial do Brasil com a China aumentou 80% em 2008, pulando de US$ 2 bilhões para US$ 3,6 bilhões. "Embora em 2008 os preços das commodities se encontrassem em um patamar bastante elevado, a taxa de câmbio brasileira estava convidativa para importações. Nossas compras da China explodiram", explica José Augusto de Castro, diretor da AEB (Associação Brasileira de Comércio Exterior).
O Brasil vendeu à China US$ 16,4 bilhões no ano passado, mas importou US$ 20,04 bilhões.
No final do ano, começou também a decair a demanda do país por ferro.
Empresas chinesas declararam boicote à Vale em setembro por conta de reajuste de preços.
A China se tornou o único grande mercado em que o Brasil sofre repetidos déficits. Com os Estados Unidos, o Brasil teve superávit de US$ 1,8 bilhão no ano passado. Com a União Europeia, o saldo positivo ficou em US$ 10,2 bilhões.
O Mercosul deu um superávit para o Brasil de US$ 6,8 bilhões.
A expectativa dos especialistas é de que neste ano o déficit com a China aumente. Embora o real tenha se desvalorizado, alguns setores, como o de eletroeletrônicos, não têm saída a não ser importar os produtos que não são fabricados no Brasil. "E a China vai diminuir preços para não perder mercado", destaca Castro.
Vários dos produtos mais competitivos do Brasil, como a carne de frango e de porco, são barrados no mercado chinês por razões de higiene, fitossanitárias ou burocráticas.


Colaborou DENYSE GODOY, da Reportagem Local


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