DO "FINANCIAL TIMES"

A possibilidade de séria crise fiscal nos países desenvolvidos "dobrou, caso não tenha triplicado", segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial sobre os riscos globais, divulgado ontem antecedendo a reunião anual de líderes políticos e empresariais em Davos (Suíça) que ocorre no final deste mês.
O estudo prevê que os enormes gastos dos governos para tentar conter a crise no sistema financeira vão ameaçar países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Austrália, que já estão em uma posição fiscal precária.
"Um dos maiores riscos é o de que a luta de curto prazo contra a crise possa induzir empresas e governos a perder as perspectivas de longo prazo dos problemas", disse Daniel Hofmann, economista-chefe do Zurich Financial.
Ao lado dos riscos de a economia chinesa crescer abaixo de 6% neste ano, esse cenário "prejudicaria significativamente a já enfraquecida economia global", afirma o Fórum Econômico Mundial. E as previsões do FMI para este ano também são negativas. Segundo o diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, as estimativas para a economia global que serão divulgadas neste mês realmente "não serão boas".
O Fundo já tinha antecipado no mês passado que revisaria para baixo suas projeções.